Uma barragem de mineração, localizada na Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu no início da tarde desta sexta-feira (25), em Brumadinho, na Grande BH. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Flávio Godinho Pereira, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, em rápida conversa com a reportagem do Hoje em Dia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um helicóptero da corporação foi deslocado ao local para verificar os danos. Conforme os militares, o rompimento ocorreu próximo a Mário Campos. Há relatos de vítimas, segundo os bombeiros. As proporções ainda são desconhecidas. Por meio de nota, a Vale informou que as primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Ainda não há confirmação se há feridos no local. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. A prioridade, conforme a assessoria de imprensa, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade.A Polícia Militar destacou que helicópteros da corporação também foram deslocados para a região da barragem. Nas redes sociais, a prefeitura de Brumadinho pediu aos moradores da cidade para manter distância do Rio Paraopeba. Equipes da Defesa Civil municipal também foram deslocadas para a área da barragem. Procurada, a Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Semad) informou que equipes estão se deslocando para Brumadinho. Um morador da cidade, de 21 anos, que pediu não ser identificado, presenciou o momento do rompimento. Eu comecei a trabalhar perto da barragem ontem (quinta-feira), com transporte de minério. Cheguei em cima de uma mina para fazer o carregamento, olhei para o lado e vi a contenção estourando e aquela poeira subindo, afirmou. Segundo ele, a lama chegou no terminal ferroviário Alberto Flores e também encobriu as estradas que dão acesso à região. Eu estou voltando para a casa pela BR-381, porque meu caminho ficou fechado, contou. O mecânico de manutenção Clarismundo Moreira, de 65 anos, nasceu de novo. Todos os dias ele almoça na região e essa sexta só foi diferente porque estava de folga. Esse horário é certo que estaria lá, tem vários restaurantes, botecos. Acho que há pelo menos umas 350 pessoas que trabalham por lá, conta.