O homem de 27 anos preso em flagrante horas após o atropelamento de uma mulher de 55 anos em Dois Irmãos, cidade distante pouco mais de 50 km de Porto Alegre, pode responder por diversos crimes, segundo a Polícia Civil.Imagens de câmeras de segurança mostram que a vítima foi abandonada na rua após ser atropelada e arrastada por cerca de 100 metros.O carro que o motorista dirigia foi modificado após o caso, e a polícia suspeita que ele havia bebido.O homem, identificado como Guilherme Paulo Partzhold, foi preso em casa após a polícia encontrar o carro que ele dirigia. Conforme o delegado Rogério Berbicz, o veículo havia sido limpo.O veículo foi desconfigurado. Tiraram paralamas. Havia vestígios de sangue e cabelo da vítima, mas ele limpou o veículo. Então tem que analisar se não há crime posterior ao de fraude processual, destacou.A ocorrência chegou como atropelamento, onde já tinha fuga do local. A vítima foi socorrida e levada ao hospital para atendimento, posteriormente a vítima faleceu. E a ocorrência virou homicídio, completou.Foi através das imagens das câmeras de segurança que a Brigada Militar conseguiu identificar o carro. Policiais descobriram o modelo, mas não tinham placa, nem conseguiram definir a cor, em função da má qualidade do vídeo.Mas fizeram levantamento de todos os veículos daquela marca na cidade e diligenciaram os seus proprietários, acrescentou o delegado sobre o trabalho de investigação.As imagens mostram o carro já arrastando Maria Senia Frohlic. O motorista sai e coloca as mãos na cabeça. Ele vai até a mulher e solta a mão dela, que estava presa na roda. Pouco depois, verifica se o carro foi danificado. Em seguida, vai embora.Moradores da região viram a mulher na rua, a socorreram, e a levaram a um hospital. Mas ela não resistiu.Ao ser preso, a polícia pediu que o homem fizesse exame do etilômetro, mas ele se recusou. Mesmo assim, além do homicídio, foi autuado pela fuga do local do acidente e embriaguez ao volante. Familiares relataram que ele se envolveu em um acidente, e ele mesmo confirmou, completou o delegado.Isso é crime, diz irmão da vítimaTodos os dias, Maria fazia o mesmo trajeto. Saía de casa para o ponto de ônibus para esperar a filha, que voltava tarde da faculdade. Na noite de quinta-feira, no meio do caminho, ela acabou sendo atropelada.Isso é crime, não tem como dizer que não (...) Acidente de trânsito pode acontecer, mas no momento que tu atropelou, tem que prestar socorro. Jamais ela ia falecer se ele tivesse parado. Mas o que levou ela foi que ele arrastou ela por muitos metros, desabafa o irmão da vítima, Inácio Frohlic.