As previsões meteorológicas não sopram bons ventos para os produtores de soja em Mato Grosso do Sul. O baixo volume de chuvas registrado nos últimos meses tem afetado diretamente a produção que caiu em relação ao ano passado e a preocupação tem tirado o sono dos grandes agricultores e produtores.A preocupação com a escassez da chuva é acompanhada de perto pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Milho de Mato Grosso do Sul). De acordo com a associação, houve um atraso de até 27% na semeação da safra da soja em relação ao ano passado, onde na mesma época já estava completamente semeada e isso acaba representando um risco para o ano de 2020.O atraso poderá impactar negativamente em algumas safras, em especial a do milho, que segundo a Aprosoja, as janelas de semeadura ficarão prejudicadas. “Levamos a preocupação à Semagro por entender a importância de o poder público estar ciente desta possibilidade, que poderá impactar a renda do produtor”, comentou o presidente da associação, André Dobashi.André explica que os agricultores deveriam semear o milho até o dia 10 de março, mas como existe a preocupação em relação ao ciclo de cultivares e época do plantio, estima-se que 30% do plantio deverá ser feito fora da janela, podendo perder a produção por conta das geadas, comum entre os meses de junho e julho no sul do Estado.Conforme o gráfico apresentado, existe dois períodos em evidência para o acumulado de chuvas. No primeiro período, até o dia 25 de novembro, as possibilidades de chuvas reduzem em todas as regiões do Estado, onde as precipitações devem alcançar somente os 10 milímetros, pouco para quem vive do plantio.Já para o segundo período, que começa a valer entre os dias 25 de novembro a 3 de dezembro, onde a estimava de chuvas aumentam para todas as regiões de Mato Grosso do Sul, principalmente no extremo sudeste e norte. O acumulado de chuva pode chegar até os 25 milímetros nos primeiros dias do último mês do ano.