Publicado em 09/08/2015 às 03:00,

Populares estão proibidos de acessar rampa de embarcações do rio Ivinhema

Redação, Jornal da Nova
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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Quem foi curtir o rio Ivinhema neste fim de semana, se deparou com uma situação até então, segundo pescadores e pessoas que frequentam o rio para lazer, ameaçados e amedrontados com seguranças armados e uma porteira trancada, no acesso a rampa de embarcações.Algumas pessoas que frequentam o local denunciaram o caso, preferindo o anonimato com medo de represálias, algumas pessoas foram cedo para o rio a fim de passar o dia como de costume, mas foram barrados por dois seguranças, que segundo as pessoas, estavam armados com arma de fogo.Algumas pessoas que frequentam o local denunciaram o caso, preferindo o anonimato com medo de represálias. Conteúdo RelacionadoAngélica: Obras da ponte de concreto está sendo realizada no Rio IvinhemaRenato Câmara solicita construção de ponte de concreto sobre o Rio IvinhemaImpedidos de ter acesso à rampa de embarcações, os populares tiveram que usar alternativas ou voltar para suas cidades. À ordem, segundo os seguranças, era que a Someco, detentora da área do lado esquerdo [embaixo da ponte] havia determinado o acesso, exceto para quem tem ranchos naquela localidade.A reportagem tentou contato com a empresa para saber o motivo, mas por telefone ninguém atendeu. Também foi tentado contato com o prefeito Tuta, porém não atendeu as ligações.Para as pessoas que frequentam o local há anos, disseram que a construção da rampa, teve anuência na época, da própria Someco, onde várias pessoas contribuíram para a realização e construção. “Se a empresa autorizou, porque agora quer proibir? Isso terá que ser analisado, pois não há na Justiça, nenhuma ação proibindo à servidão do acesso a rampa”, reclama um dos frequentadores do local.Já para outro pescador e morador de Ivinhema, disse que há muitos anos passa finais de semana na beira do rio e dispara: “A prefeitura de Ivinhema até hoje nunca se manifestou sobre a questão destes ranchos e acesso ao rio Ivinhema, pois é a única área de lazer tanto de Ivinhema, quanto de Nova Andradina que temos na região, agora ficarmos sem o acesso é impedir o direito de ir e vir”, frisa.A reportagem constatou que do lado direito, onde existem vários ranchos e até um comércio, o acesso está normal, mas o pessoal que não tem rancho reclama da dificuldade de atracar as embarcações.A PMR (Polícia Militar Rodoviária) e a Polícia Militar de Amandina, chegou a ir ao local, mas não registraram nenhuma ocorrência em relação às ameaças que “ventilavam” por parte de pessoas que foram ao local.Algumas pessoas que frequentam o local denunciaram o caso, preferindo o anonimato com medo de represálias. Pedido de rampaEm abril do ano passado, o vereador Aluísio Soares de Azevedo Junior, o popular Junior do Posto, indicou ao prefeito Eder Uilson França Lima, o Tuta, com cópia ao Secretário Municipal de Obras, solicitando que desenvolva ações e medidas de interesse público municipal, objetivando a construção e implantação de rampa de lançamento de barco e acesso naquela localidade (ponte Ivinhema - Nova Andradina).O vereador Junior disse que considerando ainda o regramento do Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), em especial aos artigos 3º e 9º que dispõe sobre o tema como assunto de interesse social e atividade de baixo impacto ambiental.Conforme o texto, a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas em Lei.A construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro, tem baixo impacto ambiental e é permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para a realização de atividades de baixo impacto ambiental.Justiça41 ações públicas contra os proprietários e possuidores de ranchos de veraneio na área de preservação do rio Ivinhema, estão ajuizadas desde 2006.A 1ª Vara da Comarca de Ivinhema condenou os proprietários a absterem-se de utilizar ou promover atividades nestas áreas, a demolirem e a removerem todas as edificações existentes e a reflorestarem a área degradada. De lá para cá, liminares estão tramitando na Justiça e acordos estão sendo propostos.