Giselly com o filho Eduardo na CTI Pediátrica do Hospital Universitário Uma mãe de 28 anos vive um drama há nove meses desde o nascimento prematuro de Eduardo, diagnosticado com broncodisplasia e hipertensão pulmonar. O bebê vive no Hospital Universitário em Campo Grande desde que nasceu, mas pode receber sob a condição de uma UTI ser montada na casa dele.Gisele Gonçalves dos Santos entrou na Justiça e teve decisão favorável contra o Estado e o município de Angélica, sede do distrito de Ipezal onde a família mora, mas até o momento não recebeu os aparelhos.A preocupação de Gisele é que Eduardo seja infectado pela covid-19, como já ocorreu com outros cinco profissionais de saúde do setor onde ele está, o CTI Pediátrico do HU . “Meu filho corre risco de vida a todo o momento. O pulmão dele já é todo machucado. Se ele pegar isso, ele morre”, diz, se mostrando desesperada.As doenças de Eduardo têm relação com o fato de ele ter nascido prematuramente. Ele precisou de ventilação mecânica durante muito tempo e isto resultou em inflamações nos pulmões.Bercinho montado para receber Eduardo Gisele conta que Eduardo tomou antibióticos durante 4 dos 9 meses de vida e desde o mês passado apresentou melhora no quadro. O problema é que quanto mais tempo ele passa internado, maiores os riscos de contrair uma infecção hospitalar, como já ocorreu em datas anteriores. “Estou morrendo de medo. Ele precisa vir para a casa”.O quarto de Eduardo está preparado para recebê-lo desde outubro de 2019 e no mês passado a família pensou que o sonho seria concretizado, mas isto não ocorreu.Uma decisão da juíza Bruna Tafarelo, da comarca de Angélica, deu prazo de 10 dias para o Governo do Estado e a prefeitura do município providenciarem o atendimento médico do menino. A sentença é do dia 3 de junho.Saiba MaisDefensoria Pública de Angélica garante tratamento Home Care (UTI) para bebê de 08 mesesEm resumo, Estado ficou responsável pelo fornecimento dos equipamentos e prefeitura de Angélica pelos serviços das equipes profissionais: médicos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou ter depositado em juízo o valor para compra de fralda tamanho M, aspirador de secreção portátil, oxímetro digital, espaçador e inalador, mas ainda faltam alguns equipamentos.Conforme a secretaria, o processo licitatório para a compra do concentrador e do ventilador mecânico já está em andamento, mas há uma demora das empresas em apresentar as propostas em decorrência da pandemia do coronavírus.A reportagem do Campo Grande News também entrou em contato com a secretária municipal de saúde, Francielli Fascincani. Ela respondeu que logo após a instalação dos equipamentos, a equipe do município ficará à disposição.
Angélica: Sem equipamentos para montar home care, mãe luta para evitar contágio de bebê
Redação,
09/07/2020 às 03:00 •