Jovem foi encontrado desacordado na calçada Dois homens de 23 e 32 anos, suspeitos de espancar um adolescente de 17 anos no bairro Jockey Club, em Campo Grande, foram identificados pela polícia e confessaram o crime, segundo o delegado responsável pelas investigações, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia. O crime ocorreu na madrugada de sábado (30).Conforme o delegado, o crime foi praticado de forma muito violenta. O adolescente está internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa.“O que chama a atenção é que houve desproporcionalidade nas agressões, que foram praticadas de forma brutal, e por tão pouco. A vítima foi deixada no meio da via como se estivesse morta”, detalhou Reis.De acordo com as investigações, os suspeitos trabalham juntos em um lava-jato, no Centro da cidade, onde a vítima começou a trabalhar há cerca de duas semanas. Antes disso, conforme a polícia, os suspeitos já conheciam o pai do adolescente.Delegado diz que agressão foi muito violenta No dia do crime, a vítima e os dois colegas de trabalho saíram para beber em uma conveniência, localizada na avenida Fábio Zahran, e, segundo relatos de testemunhas, teriam consumido cerca de 14 litros de cerveja.Segundo o delegado, em determinado momento um dos suspeitos percebeu a falta do celular e passou a questionar com quem estava o aparelho. Por conta disso, o trio iniciou uma discussão. “No fim, a culpa foi para o lado do adolescente”, afirmou o delegado.Na esquina da avenida, antes de chegarem na Rua Siqueira Campos, um deles deu um soco na vítima e bateu a cabeça dele contra a parede, derrubando-a. Testemunhas chegaram no local e tentaram apaziguar a confusão. Mas, as agressões continuaram ao longo da via, com socos, chutes e ponta pés. Além disso, segundo o delegado, uma pedra de porte médio também foi usada para agredi-lo.Em seguida, moradores acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), onde encaminharam o jovem em estado grave para a Santa Casa.DesaparecimentoFamiliares foram até a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) denunciar que o adolescente estava desaparecido e, por informações passadas por eles, os investigadores descobriram que o menino poderia ser o garoto que estava internado na Santa Casa.O pai da vítima foi chamado e não reconheceu o filho dentro da viatura, pois, segundo ele, o inchaço do rosto e a grande quantidade de sangue dificultaram a identificação. Apenas fotos, mostradas no dia seguinte, o ajudaram a reconhecer.Manchas de sangueDurante a perícia, feita na última segunda-feira (2), várias manchas de sangue foram encontradas, principalmente em muros de residências próximas ao local da agressão.“Quando era mais ou menos uma hora da madrugada escutei barulhos e vim ver o que tinha acontecido, foi aí que vi o menino jogado no chão, ele estava muito machucado, tinha muito sangue. Fiquei assustado com aquilo”, disse o comerciário Cícero José Cruz, de 64 anos, que presenciou a confusão.