A Polícia Civil incinerou, durante a manhã desta terça-feira (23) no Frigorífico JBS, 36,8 toneladas de drogas apreendidas durante os últimos dois meses. O grande número de apreensões, de janeiro até junho foram apreendidas 120 toneladas de entorpecentes no Estado, se dá pela ousadia dos traficantes, que começam a furar os bloqueios, com medo de perder uma quantidade maior de entorpecentes.Conforme o delegado-geral Roberval Cardoso Rodrigues, o número de apreensões aumentou 64%, em comparação com o ano passado, sendo que a maioria ocorreu nas cidades de fronteira, principalmente Dourados, Maracaju e Nova Alvorada do Sul. “Isso é o resultado da união de todas as forças da polícia”.Ele apontou que em outros anos a polícia atuou de forma separada, impedindo maiores apreensões. A Polícia Militar, a Civil, a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Rodoviária Estadual realizaram as apreensões, sendo que as maiores foram em rodovias estaduais.“É resultado do trabalho da polícia de investigação e da Denar, que se empenha em apurar as denúncias, isso resulta o número grande de apreensões”, comentou Rodrigo Yassaka, da Denar (Delegacia Especializada Repressão ao Narcotráfico).Yassaka apontou que os traficantes estão cada vez mais ousados, pois tem perdido um número grande de drogas, então precisam recuperar o prejuízo a partir das outras cargas. O tenente coronel da PRE, Waldir Ribeiro Acota, apontou que eles ainda têm reagido aos bloqueios.“Em 80% a 90% das apreensões, conseguimos prender o traficante, mas percebemos que eles têm reagido, furando o bloqueio, antes isso não acontecia”, analisou o tenente coronel.Em abril, foram destruídas 35 toneladas de maconha e 400 quilos de cocaína, crack e outras drogas.De acordo com dados do Ministério da Justiça, Mato Grosso do Sul é recordista nacional em apreensões de drogas, com a quantidade histórica de 230 toneladas tiradas de circulação em 2014, número nunca alcançado em outra unidade da federação. E a tendência é que o recorde seja quebrado em 2015.