Os bancários de Campo Grande decidirão nesta quinta-feira (1°), em assembleia, se paralisam as atividades a partir da próxima terça-feira (06). De acordo com o presidente do Sindicário (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande e Região), Edvaldo Barros, a proposta de reajuste feita pelos banqueiros não agradou a categoria e a possibilidade de greve é grande. “A maioria das capitais brasileiras estão fazendo assembleia hoje para a aprovação de indicativo de greve nacional. Será apresentada na assembleia a proposta de reajuste da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que é de 6,5%, bem aquém dos 14,75% pedido pela categoria”, explica Barros.A última greve dos funcionários de bancos fechou mais de 90% das agências do Estado em outubro do ano passado. Foram 21 dias de atividades paralisadas. Na época, os bancários começaram pedindo 16% de reajuste e a Fenaban, dizendo que pagaria 5,5% no máximo. No fim da negociação, ficou fechado reajuste de 10%. Em Campo Grande, são 120 agências bancárias.Conforme o presidente do sindicato de Campo Grande, a categoria também quer discutir com os empresários a enxurrada de demissões no Brasil. “Só no primeiro semestre, foram demitidos quase 8 mil funcionários. Isso sobrecarga de trabalho os profissionais e precariza os atendimentos. É uma proposta desrespeitosa principalmente pelos lucros dos bancos. Foram R$ 30 bilhões só no primeiro semestre. Com um crescimento grande, não tem por que não atender as reivindicações”, diz Barros. Na região sul do Estado, o sindicato da categoria marcou assembleia para a sexta-feira (02). ReivindicaçõesA categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 09 de agosto. Já foram discutidos os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, são cerca de 512 mil bancários. Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Bancários fazem assembleia e podem entrar em greve na próxima terça
Redação, Mídia Max
01/09/2016 às 03:00 •