A campo-grandense Crhis Regiane embarca amanhã para o leste europeu, onde participará do 38º Campeonato Mundial de Luta de Braço, que neste ano, será realizado na Bulgária. Campeã em todas as suas treze participações no torneio internacional, a atleta sul-mato-grossense vai em busca da sua 40ª medalha de ouro. Com problema auditivo, ela disputará em três categorias: Portador de Deficiência Física; Master (acima de 40 anos e Sênior, que é a principal da competição. “Fui campeã em todas as edições mundiais que participei. Agora quero melhorar as cores das medalhas”, afirma Crhis. Das suas 39 medalhas douradas já conquistadas, 26 foram no Master (braço direito e esquerdo), oito no Portador (direito e esquerdo) e outras cinco no Sênior (direito).Apesar dos 54 anos, a veterana afirma que ainda tem muito fôlego para queimar. Na categoria que reúne atletas mais jovens (Sênior), a sua principal adversária será Viktoriia Iliushyna, de 25 anos. A ucraniana foi campeã na categoria até 55 kg, no Mundial da Malásia, em 2015.“Ela é bem mais jovem e tem a vantagem por só disputar o Sênior. Eu compito em três categorias, chego cansada e ela descansa entre uma luta e outra”, analisa. Para não ser surpreendida pela adversária, Crhis mudou a rotina de treino com a preparadora física Sônia Terezinha Carvalho. “Estamos trabalhando, priorizando a minha resistência. Força eu tenho de sobra para vencer a ucraniana”, avalia a sul-mato-grossense.No Mundial passado, a brasileira não teve o desempenho esperado, na disputa desta principal categoria. Tudo por conta de um erro, que resultou em punição por falta técnica. “Levantei meu cotovelo, quando faltavam dois dedos para vencer. Depois tive que participar de uma nova fase eliminatória com todas as outras atletas desclassificadas. No final, cansei”, explica.Se no Sênior não deu para garantir o ouro no ano passado, Crhis foi campeã absoluta nas duas outras categorias que participou: Master e Portador. Agora, pronta para mais um desafio, ela se mostra confiante para trazer mais pódios para o Brasil.E, até mesmo, estipulou uma meta de conseguir pelo menos mais quatro medalhas douradas no Mundial 2017. A esperança vem na disputa das categorias Master e Portador, ambas nos braços direito e esquerdo. “E quem sabe também um primeiro lugar no Sênior, no braço direito”, conclui.As disputas do Campeonato Mundial da Bulgária serão realizadas na cidade de Blagoevgrad - a oeste do país com 80 mil habitantes. A competição, que reúne os melhores atletas do planeta, começa no dia 1º e segue até 10 de outubro.