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Campo Grande: Será encerrado hoje o inquérito sobre a tortura feita ao garoto de quatro anos 

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(Foto: Divulgação)
Após dez dias da descoberta do absurdo crime cometido contra um menino de quatro anos, torturado pelos tios, pela mãe da tia da criança e um primo de 18 anos, o inquérito do caso foi encerrado. Segundo informações ao Site Plantão Angelica, a Polícia Civil encerra nesta sexta-feira (04) o inquérito que investiga a tortura feita ao menino, e segundo o Delegado responsável pelo caso, os quatro indivíduos serão indiciados, respondendo por tortura qualificada e abandono de incapaz. O Delegado, Paulo Sergio Lauretto, afirmou que não vê necessidade de outras diligências, portanto ao fim do dia devem entregar o inquérito. A Polícia se diz segura quanto a efetividade das provas coletadas até o presente momento, afirmando que se não tivessem seguridade não teriam pedido a prisão dos sujeitos, nem tampouco o juiz teria aceito. Na data de ontem (03), a defesa de uma das suspeitas, tia da mãe do menino, mulher de 60 anos, disse considerar as provas frágeis, pois afirmou que as investigações foram contaminadas pelo sentimento. Em palavras, o advogado Marcos Ivan que defende a mulher, que por si própria confessou os maus tratos em sessões de magia negra, acrescentou ainda que a defesa discorda da prisão porque não há provas da participação da mesma na tortura, só depoimentos cedidos pelos acusados. Para o defensor, a investigação foi tomada pelos sentimentos, uma vez que solidarizaram-se com a criança, não levando em consideração os requisitos necessários para a realização da prisão, como provas e fortes indícios. A tia se encontra presa temporariamente na 2ª Delegacia da Capital, porém deverá ser transferida para o presídio em breve. O delegado do caso, citado inicialmente na matéria, titular da DEPCA (Delegacia Especialada de Proteção à criança e ao adolescente), afirma que a acareação realizada na quarta-feira (02), evidencia a participação da mulher no referido crime. A prisão temporária tem validade de 30 dias e o advogado não demonstra pretensão em reverter o caso por meio de HC (Habeas Corpus). Ainda na tarde de quinta-feira (03), o filho da acusada defendeu a mãe, afirmando que a irmã havia acusado a mesma somente por não ter concordado com a adoção da criança. Ainda como afirma o filho, residente da cidade de Campo Grande, que pediu restrição em sua identificação, afirmou que a mãe é evangélica e jamais teria participado de qualquer ritual de magia negra. Alegou apenas que teve um padrasto que realizava magias brancas, mesmo assim essa não participava. Ao todo, pelo referido crime, foram presas quatro pessoas, e o caso foi descoberto 23 de fevereiro, posterior a contatação feita pelo Conselho Tutelar de queimaduras e marcas de espancamento pelo corpo da criança, que ainda se encontra internada na Santa Casa. Os tios, bem como o primo, confessaram a agressão, justificando que agiram sob influência de uma entidade. Se condenados, os indivíduos poderão ser sancionados pela pena de 05 à 13 anos de prisão.