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Capital amplia vagas para tratamento de dependência química

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(Foto: Divulgação)
Número de vagas será ampliado de 12 para 20 leitos para internação O Centro de Atenção Psicossocial Alcool e Drogas de Campo Grande, referência em atendimento, ampliou a oferta de leitos de acolhimento de 12 para 20 incluindo equipes para atuar na ação de serviço de atendimento da população em situação de rua.Assim que o serviço for habilitado junto ao Ministério da Saúde, campo grande passará a ser a primeira cidade do país a contar com esse tipo de atendimento. O objetivo da unidade que pertence a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, é habilitar o serviço com custos de Ministério da Saúde ainda este ano, enquanto isso não acontece, o custo será integralmente do município, oferecendo todo o suporte necessário para a execução do serviço.A primeira ação deve ocorrer nesta quarta-feira (06) e a equipe visitará, em parceria com outros serviços de saúde, a população em situação de rua para facilitar o acesso ao tratamento da dependência química.Essa é uma maneira de oferecer abordagem e tratamento adequados para esta parte da população, que é alvo de críticas por conta da dependência química, considerada uma doença. Após avaliação da equipe multiprofissional, o paciente pode ser encaminhado para o CAPS AD ou dependendo das condições clínicas, direcionado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Centro Regional de Saúde (CRS).No CAPS AD, o paciente recebe todo o suporte necessário, com a elaboração de projeto terapêutico singular, que tem por objetivo tratar a dependência química do álcool e das drogas. Entre as atividades, a oficina de crochê é uma ferramenta de terapia que alivia o desejo de ingestão das substâncias viciantes. Em entrevista á assessoria da prefeitura, o paciente Cláudio Farias (53) está em tratamento na unidade há cinco anos e diz que a terapia com crochê distrai a cabeça. “Todos os dias eu venho até a unidade e recebo o acompanhamento. No final da tarde eu retorno para casa e passo os fins de semana com a família”.Cláudio disse que o apoio familiar e da equipe de CAPS AD foi muito importante no processo para abandonar o vício das drogas. “Eu pedi a colaboração da minha família para me ajudar a deixar as drogas e álcool, enquanto que aqui eu recebia todo o apoio necessário”. Ele conta que chegou a viver por um período nas ruas, mas que após iniciar o tratamento, isso não mais aconteceu.A história do Cláudio é semelhante aos mais de 900 pacientes que fazem acompanhamento na CAPS AD e que recebem o suporte necessário para abandonar o vício. Além das oficinas de terapias ocupacionais, eles recebem apoio de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos, médico plantonista 24h e farmacêuticos.“Esta ampliação da capacidade de atendimento é reflexo do nosso trabalho em oferecer tratamento digno e humanizado para pessoas em situação de rua e que fazem uso de álcool e drogas. Nossa abordagem é para orientar e oferecer o tratamento”, explicou a responsável pela Coordenadoria de Saúde Mental da Sesau, Ana Carolina Guimarães.“Vamos manter o funcionamento destes novos serviços enquanto a habilitação do Ministério da Saúde não é aprovada. Precisamos executar essas novas ferramentas para solicitarmos a aprovação junto ao Governo Federal. Nosso compromisso é com esta população em situação de rua e que faz uso de álcool e drogas e que precisa abandonar o vício”, defendeu o secretário da Sesau, Marcelo Vilela.No CAPS AD é oferecido acolhimento sem a necessidade de encaminhamento, das 7h às 19h, mas funciona 24h por dia todos os dias da semana, no atendimento de pacientes albergados. No local são oferecidas refeições para todos os pacientes.A população pode colaborar com informações de pessoas em situação de rua em cenas de uso de álcool e drogas. Telefone para contato é o 3314-3756 (em horário comercial), basta informar o endereço exato da situação, bem como as características físicas da pessoa.