Apenas dois etilômetros – popularmente conhecidos como bafômetros – estão à disposição do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran) para atender uma média de 300 mil condutores habilitados que transitam pelas ruas de Campo Grande. Os aparelhos “emprestados” da Polícia Militar Rodoviária serão utilizados até que o INMETRO certifique os 16 instrumentos que fazem parte do aparato dos militares da Capital.Dados do BPTran mostram que do início do ano até o mês de abril, 90 condutores foram presos e outros 69 autuados depois de serem flagrados embriagados no trânsito. E esse número poderia ser maior, se mais aparelhos estivesses disponíveis. “Todo o fim de semana tem um flagrante de embriaguez”, afirma o comandante do BPTran, tenente-coronel Renato Tolentino Alves.Tolentino explica que a embriaguez ao volante é a segunda maior causa de acidentes em Campo Grande, ficando atrás apenas do excesso de velocidade. “Geralmente são jovens, com idades entre 18 e 30 anos e do sexo masculino”, detalha, se referindo ao perfil mais recorrente das pessoas que são flagradas dirigindo após terem ingerido bebida alcoólica.Sobre a falta de instrumentos para atender todos os condutores da Capital, ele explica que a redução dura em média trinta dias e ocorre todos os anos. “É uma questão burocrática. Os certificados vencem no mesmo período e a gente precisa enviar esses equipamentos para outro estado. Mas quanto mais aparelhos, melhor”.Conforme as informações divulgadas por Tolentino, os 16 etilômetros do BPTran foram enviados ao INMETRO na semana passada. Segundo a Agência Estadual de Metrologia de Mato Grosso do Sul, o laboratório responsável pela aferição dos aparelhos de todo o país fica no Rio de Janeiro. Ainda segundo a agência, os resultados costumam ficar prontos em uma média de 30 dias, mas há casos em que esse tempo é maior.