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Com chegada do frio, voluntários aquecem com cobertores famílias carentes

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Campo Grande registrou nesta quarta-feira (27) a madrugada mais fria do ano,com os termômetros marcando 7º C. A mudança brusca de temperatura trouxe à tona o espírito de solidariedade muito latente nessa época do ano.A cidade possui diversas famílias vivendo em situação de vulnerabilidade social e, com isso, começam as campanhas para arrecadar agasalhos.Na manhã de hoje voluntários deram início a distribuição de 1,5 mil cobertores às famílias carentes. O primeiro bairro a ser visitado foi Vespasiano Martins, onde vivem 42 famílias que foram retiradas do Cidade de Deus. “Esses cobertores foram comprados com doações e a nossa intenção é leva-lo para boa parte das famílias aqui da Capital”, afirmou uma das voluntárias, a ex-vereadora Tereza Name.Segundo ela, a intenção era fazer as entregas no Dia das Mães, mas como o frio se antecipou, o grupo resolveu começar antes a entrega dos produtos. Assim que o carro encostou próximo ao loteamento, as pessoas já começaram a se aglomerar em torno do mesmo, para receber os donativos. As casas agora estão entrando na reta final de construção e a previsão dos moradores é de que em 90 dias estejam prontas. Enquanto disso, as famílias fazem o que podem para se aquecer nos barracos provisórios de lona que foram levantados.ImprovisoAmanda Nele Dantas de Oliveira, 22 anos, tem três crianças em casa e são eles a principal preocupação quando o assunto é a queda da temperatura. “Dentro do barraco a gente tem que improvisar. Se não tiver meias e agasalhos, eles morrem de frio”, lamenta.Dona Maria diz que o bom humor é a melhor forma de encarar o frio. Um pouco mais próximo ao lixão, Maria Madalena da Conceição, de 57 anos, diz que apesar do frio, há um sentimento de gratidão muito forte. Ela mora com o esposo, Noé de Oliveira, de 58 anos, que se recupera de uma pancada muito forte que tomou na cabeça enquanto trabalhava com os vizinhos, no mutirão formado para organizar os barracos, até que a prefeitura dê início a construção das casas populares. “Está muito frio, a gente passa necessidade, mas se vira como pode. Agora meu marido está em casa e eu fico mais tranquila com isso”.Sobre a queda da temperatura, ela conta que seu filho mora na casa ao lado com a esposa e cinco crianças. “Eles sim sofrem um pouco mais e precisam de doações de agasalhos. A gente que é adulto, se vira como pode. Não dá é para viver infeliz”, afirmou.