A IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) divulgou nesta quinta-feira (30) a instrução normativa 24 informando que os eventos com equídeos no Mato Grosso do Sul serão permitidos somente mediante a apresentação de resultado negativo para o teste de “mormo”, doença infecciosa causada por uma bactéria e que poderia ser transmitida ao homem. De acordo com a norma, os eventos com cavalos, pôneis ou burros podem ser realizados desde que os proprietários dos animais apresentem o resultado negativo para o teste de “mormo”, dentro do prazo de validade.Segundo a imprensa estadual, a instrução normativa foi elaborada após a confirmação do primeirocaso de “mormo equino” em um animal no município de Bela Vista. No dia 9 de abril, o produtor solicitou ao médico veterinário a colheita de amostra para exame de mormo no animal, que iria participar de evento agropecuário em Campo Grande. A amostra foi analisada por um laboratório em São Paulo, que atestou resultado positivo para a doença. Com isso, a propriedade foi interditada para entrada e saída de cavalos.Segundo nota oficial do governo, o animal seria sacrificado e incinerado. Todos os animais da propriedade serão submetidos a teste de diagnóstico, sendo repetido o mesmo teste após um intervalo de 45 a 90 dias, após a primeira colheita. Com o resultado negativo, em ambos os testes, é considerado saneado o foco, a propriedade é desinterditada e o trânsito liberado.Para o trânsito de equídeos, no Mato Grosso do Sul, passa a ser obrigatória a apresentação de exame negativo para “mormo”, cuja colheita de material deverá ser realizada por médico veterinário autônomo e o material encaminhado aos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura.Atualmente, as Unidades da Federação onde está confirmada a presença de “mormo” são: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.DoençaO “mormo” é causado pela bactéria “Burkholderia Mallei” e atinge os equídeos (cavalos, burros e mulas). De acordo com o Ministério da Agricultura, é uma doença de notificação imediata, incurável, letal, de potencial zoonótico e tem como principal via de infecção a digestiva, podendo ocorrer, também, por meio respiratório e cutâneo. O período de incubação da doença varia de um a 14 dias. (Com informações do Correio do Estado).