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Fotógrafa acompanha mãe para registrar 20h de antes, durante e depois do parto

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(Foto: Divulgação)
Das 9h da noite até às 5h da tarde do dia seguinte. As 12 primeiras horas foram em casa, quando as contrações começaram e a gestante tinha ao redor o melhor ambiente: o próprio lar. As cenas registradas mostram o carinho e cuidado da doula, a atenção do pai, o banho, a conversa no sofá da casa e até as fotos recebidas por WhatsApp. Desde 2013 são esses os cliques a que a fotógrafa Paula Cayres se dedica: família, gestantes e partos.Ao todo foram 20h de acompanhamento, junto da gestante e da câmera. Os cenários foram desde a casa, sala de parto até o quarto onde o bebê foi recepcionado pela família. A fotografia de parto ela é diferente, não usa flash e geralmente estamos no quarto ou num lugar sem claridade, descreve Paula, de 33 anos.Assim que ela é contratada, já se programa para não viajar e nem fazer qualquer atividade que possa lhe tirar a dedicação para a data prevista do parto. Eu não faço nada, não pego aniversário para fazer também, nem nada que eu não possa reagendar. Fico de sobreaviso, explica.E foi no sobreaviso que ela recebeu a gente do Lado B. Um olho para a repórter e o outro direto no celular, qualquer sinal poderia ser para avisar que as contrações já ritmaram. A gestante me liga quando começa a sentir os pródomos, que é quando o corpo começa a se preparar para o parto - a gente precisa conhecer a fisiologia e a etapa dos trabalhos de parto - e ela vai me avisando se as contrações tão de 5 em 5, se está ativo, latente..., relata.Como a maioria dos partos seguem a linha humanizada, Paula vai para a casa da paciente quando a doula também é acionada. Chegando lá, deixo a gestante à vontade com a família dela. Ela almoça, toma banho... Mas às vezes não dá tempo e eu já vou direto para a maternidade, exemplifica.Quando dá tempo, as cenas ficam tão incríveis que parece que estamos diante dos minutos de ansiedade de uma família, à espera do nascimento. É gratificante para mim, porque é um momento íntimo e muito particular... Eu tento ficar o mais invisível possível... Só falar o extremamente necessário, garante Paula.