Aos 66 anos, o aposentado Valdecir Antônio da Silva não sabe mais o que fazer. Desde abril esperando para realizar exames, ele decidiu procurar o Jornal Midiamax para relatar a indignação com a saúde pública em Campo Grande.Oi, bom dia! Sou Valdecir, que, como outros cidadãos, está na fila de uns procedimentos na área da saúde. Ou seja, estou na fila de espera por um ultrassom e umas sessões de fisioterapia e até agora nada. Estou com problema de coluna. Três hérnias de disco e com deformação em um membro. Desde abril dei entrada na fila de espera e, até agora, não tenho nem previsão de conseguir. E, estão falando que a saúde está boa. [Valdecir Antônio, 66 anos, aposentado]Apesar de aposentado, Valdecir conta que estava trabalhava em uma empresa com carteira assinada. Ele passou a sentir dores na coluna e foi ao posto de saúde. A médica então o encaminhou ao ortopedista do Hospital Evangélico, pois, a empresa tinha convênio. Ele fez ressonância e descobriu três hérnias de disco.Após identificar o problema, ele saiu da empresa e perdeu a cobertura médica. Com isso, foi encaminhado para fazer fisioterapia e passar por um neurologista para saber se precisa fazer uma cirurgia na coluna. Além disso, ele está com problemas urológicos e necessita de um ultrassom para diagnóstico.“Fui ao posto de saúde e entrei na fila de espera. Vou lá direto e a menina me fala que estou na fila de espera. Tenho a aposentadoria, mas estou desempregado. A minha mulher e a minha filha também estão desempregadas. Só tenho a aposentadoria para pagar as contas de água e luz. Não tenho como pagar o ultrassom, fisioterapia e nem mesmo a consulta com o neurocirurgião”, lamenta o aposentado.A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A Sesau informou que o idoso não marcou uma das consultas necessárias. Os procedimentos devem ser feitos ainda neste mês. (Nota na íntegra).A última consulta do paciente na rede foi em 3 de junho deste ano com o urologista. Na ocasião, foi recomendado o retorno, porém o mesmo não agendou. Quanto aos pedidos, as solicitações estão pendentes. Todavia, com agendamentos previstos para a segunda quinzena deste mês, que vão indicar as datas para os procedimentos. A eventual demora é decorrente da alta demanda de atendimentos, inclusive de pacientes do interior do Estado.