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Inundação deixa 100 famílias isoladas após lagoa transbordar em Batayporã

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(Foto: Divulgação)
Batayporã na tarde da última quinta-feira Cerca de 100 famílias estão isoladas em dois bairros rurais de Batayporã, após o transbordamento da Lagoa do Sapo, na região central da cidade. No final da tarde desta quarta-feira (12), uma forte chuva de aproximadamente 120 mm fez com que em uma hora a água da lagoa invadisse 30 casas dos quarteirões próximos.As famílias afetadas receberam ajuda da prefeitura e foram retiradas de barco do local. Na manhã de hoje, elas conseguiram retornar para as residências para avaliar os danos.O prefeito de Batayporã, Germino Roz (PSDB), disse ao Jornal Midiamax que na manhã desta quinta foi iniciado o levantamento dos prejuízos e o processo de limpeza, especialmente da lama acumulada nas vias públicas. Não houve vítimas feridas durante a inundação por não ter correnteza.Os trabalhos nesta manhã também envolvem a utilização de uma motobomba para fazer a sucção da água na lagoa, com capacidade de retirada de 150 mil litros por hora.“Não choveu mais, mas o tempo está carregado na cidade e a previsão é de mais chuvas. Nós vamos fazer a retirada de água na lagoa enquanto não chove”, explica o prefeito.A última vez que a motobomba foi usada no local foi na última quinta-feira (6), mas devido às chuvas durante a semana não pode ser mais utilizada. “Nós podemos deixá-la ligada até por 12 horas”, ele acrescenta.Na zona rural de Batayporã a prefeitura contabiliza estragos em cabeceiras de pontes, com a construção se desprendendo da terra, e com surgimento de voçorocas (buracos abertos com a força da chuva). No local há caminhões e equipes do setor de estradas para auxiliar nos reparos dos estragos.“Há muitas pessoas na zona rural sem acesso à cidade, a correnteza foi muito forte. Temos dois bairros isolados com cerca de 100 famílias. Apenas um bairro tem a alternativa para contornar por Nova Andradina, mas é muito longe”, explica Germino.Problema antigoO problema de inundações em Batayporã é antigo e recorrente, de acordo com o prefeito. Há 50 anos a cidade sofre com o transbordamento da lagoa. Só no último um ano e nove meses, foram cinco casos. A administração pública finalizou no mês passado um processo licitatório para uma empresa fazer o levantamento das dificuldades de drenagem da cidade e entregar um projeto para resolver o problema de inundações.“Nós também fazemos as previsões, porém o esperado era chuva de 40 mm”, diz Germino. Ainda segundo o chefe do executivo, com chuvas a partir de 60 mm, já ocorre o transbordamento da Lagoa do Sapo. De acordo com a Climatempo, a previsão do tempo para hoje indica chuvas de até 30 mm na cidade.A obra inicial para o devido escoamento pode custar aproximadamente R$ 15 milhões. “Fizemos o edital licitatório e agora ocorre o processo para entrega do projeto de engenharia e estamos em conversa com o Governo do Estado”, disse.