04/11/2014 16:51:00
Mais três vereadores de Naviraí, a 350 km de Campo Grande, foram afastados durante sessão da Câmara Municipal na noite dessa segunda-feira (3). A decisão é em cumprimento de uma determinação judicial do dia 31 de outubro que aponta os parlamentares como suspeitos envolvimento em um esquema para ficar com parte dos salários pagos aos servidores comissionados, além de cobrar por liberação de alvarás a comerciantes.
Um dos vereadores afastados, Gean Carlos Volpato (PMDB), disse à TV Morena que não tem relação com o esquema e afirmou que vai recorrer da decisão. O assessor do vereador Elias Alves (PSDB) disse que o parlamentar também vai entrar com recurso. Os assessores de Vanderlei Chagas (PSD) não atenderam as ligações.
Outros cinco vereadores do município estão presos: Adriano Silvério (PMDB), o ex-presidente da Casa de Leis, Cícero dos Santos (PT), Carlos Alberto Sanches (PSDB), Marcus Douglas Miranda (PMN) e Solange Melo (PSDB). Todos tiveram prisão preventiva decretada por tempo indeterminado e negam as irregularidades.
Eles foram afastados na operação Atenas, desencadeada no mês de outubro. O Ministério Público Estadul no estado (MPE-MS) pediu o indiciamento de 13 vereadores da cidade, mas a Justiça acatou a denúncia contra oito. Eles são acusados de improbidade administrativa e corrupção.
A Câmara Municipal montou uma comissão para investigar o caso e os investigados já foram ouvidos. Nessa segunda-feira, dois vereadores pediram afastamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Um dos vereadores afastados, Gean Carlos Volpato (PMDB), disse à TV Morena que não tem relação com o esquema e afirmou que vai recorrer da decisão. O assessor do vereador Elias Alves (PSDB) disse que o parlamentar também vai entrar com recurso. Os assessores de Vanderlei Chagas (PSD) não atenderam as ligações. Os cinco presos em outubro também negam as irregularidades.
Caso
As prisões ocorreram no dia 8 de outubro, em Naviraí. Conforme a Polícia Federal (PF), os funcionários eram obrigados a fazer empréstimo consignado junto a instituição financeira antes mesmo de começar a trabalhar. O delegado Nilson Negrão explica como o era o esquema.
"Dois mil reais um salário. Eu político. Eu te contrato comissionado, mas você me dá R$ 500 por mês. Mas eu quero receber à vista. Então, faz um empréstimo e aí esse empréstimo você me dá", conta o delegado.
Operação Atenas
Além dos mandados de prisão, a ação também cumpriu 28 conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão. As suspeitas são de envolvimento nos crimes de formação de quadrilha, corrupção e extorsão contra o Poder Executivo.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, na ação foram apreendidos 27 carros, uma motocicleta, um barco, R$ 70 mil em espécie e ainda um cofre cujo dono disse aos policiais que havia aproximadamente R$ 50 mil dentro.
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