Em três meses, quatro pessoas foram assassinadas do bairro Indubrasil, em Campo Grande, e, mesmo assim, os moradores consideram a região tranquila. Quem vive na região firma que os casos foram fatos isolados e todos os mortos estavam relacionados a uma situação, com exceção do policial militar.Os crimes ocorreram entre setembro e novembro de 2018. No primeiro, em 30 de setembro, Gabriel Ricaldes, 74 anos, foi assassinado após se envolver com a esposa de Osnei de Carvalho Moreira, 45 anos., conhecido como ‘Leitinho’. Ele foi encontrado em cima de uma cama, com as mãos amarradas.No dia 19 de outubro, o policial militar Gilberto Biano Mendes Valiente foi encontrado morto em um frigorífico abandonado. Ele teria sido assassinado por Leitinho, que foi perseguido pela polícia e morto em confronto no dia 20 de outubro.A diarista Aline Lima Machado, de 26 anos, também foi morta a facadas na região, no dia 13 de novembro. O suspeito de ter cometido o crime é o filho de Gabriel Ricaldes, de 74 anos, assassinado no dia 30 de setembro, no mesmo bairro. Ela teria ajudado Leitinho a executar o idoso.Apesar disso, os moradores relatam que vivem dias tranquilos e dormem até de janela aberta. “Eu moro aqui há 12 anos e nunca tive problema, é uma região tranquila, dormimos com portão sem trancar, com janelas abertas e não tem problema nenhum, afirma Maria Patrocínio, 58 anos.Ela destaca a ligação entre os crimes. Esses assassinatos estavam todos ligados, o Leitinho era um rapaz problemático, assassinou o idoso, depois matou o policial porque queria roubar no frigorifico. A diarista ajudou ele a fazer isso, então estão todos interligados”, complementa.Ingrid dos Santos, 24 anos, diz que existem alguns roubos na região, mas nada fora do normal. “Vem gente de fora roubar aqui, roubam celulares, assim como acontece em outros bairros, mas isso é geral. A polícia passa sempre aqui, depois dos assassinatos mais ainda. Acontece mais com essa molecada, mas aqui é uma região tranquila”.A comerciante Magda Verônica de Melo, 27 anos, destaca que trabalha na região há quatro anos e nunca teve problema. “Às vezes eu fico com a loja aberta até 1h da manhã, é bem tranquilo aqui. Graças a Deus eu nunca fui assaltada, nunca tive problema aqui”.