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Suicídios aumentam 112% e matam mais que assassinatos em Campo Grande

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
Tentativa evitada em 2018 pelo Corpo de Bombeiros, em Campo Grande. No ano passado, 91 pessoas cometeram suicídio em Campo Grande. Outras 1621 tentaram, segundo o Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). O que evidentemente já era sentido na rotina do jornalismo, é reforçado como problema grave de saúde pública, que avança ano a ano e, desde 2010, cresceu 112% na Capital.É a segunda causa de mortes violentas no município (18%), superada apenas pelos acidentes de trânsito).Dados de boletim da Cevital (Coordenadoria de Estatísticas Vitais) da Secretaria Municipal de Saúde, publicados nesta semana, indicam que a maioria das vítimas. 77%, é do sexo masculino. O curioso é que 76% das tentativas são registradas entre mulheres.”Conclui-se, então, que embora as mulheres tentam mais, o risco relativo de uma pessoa morrer a cada tentativa de suicídio é 10 vezes maior em homens quando comparado às mulheres”, indica o estudo.Sobre a idade, 47% estão na faixa etária dos 20 a 39 anos. Outra informação perturbadora é que até crianças entram na estatística: 9 casos foram registradas na faixa etária de 10 aos 19 anos.As mortes violentas são a 4ª causa de óbitos em Campo Grande, mas figuram em primeiro lugar quando a população tem entre 10 e 39 anos de idade.Trânsito - O boletim da Coordenadoria de Estatísticas Vitais também confirma uma epidemia de mortes no trânsito. No ano passado, 52% dos óbitos ocorreram após acidentes, o primeiro como motivo de falecimentos violentos. A maioria dos óbitos continua entre motociclistas (45%), seguidos por carros (29%), pedestres (14%) e ciclistas (8%).Apesar do alto índice, segundo a Sesau, nos últimos 10 anos houve redução de 33% nesse tipo de ocorrência fatal.Homicídios - Outra boa queda foi no número de assassinatos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a redução em homicídios em Campo Grande foi de praticamente 50% nos últimos dez anos.  Esse índice passou de 175 em 2010 para 88 em 2019.Os homens, jovens, são os principais alvos. Morrem assassinados entre os 20 e 39 anos de idadeEnquanto 76 homens foram vítimas de homicídio em 2019 (86% do total), 12 vítimas eram mulheres (14%).As armas de fogo são a ferramenta mais usada para a execução desse crime, seguidas por armas brancas – normalmente facadas – e a força física, como sessões de espancamento ou estrangulamento.