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Três Lagoas sobrevive a duas crises apostando na volta das grandes obras

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(Foto: Divulgação)
A abrupta paralisia das obras da fábrica de fertilizantes da Petrobras, a UFN3, deixou um rastro de dívidas e descrédito em Três Lagoas. Enquanto outdoor ostenta clima de otimismo, com referências aos futuros bilhões que vão aportar no município a partir de ampliação de empresas como Cargill, Fibria e Eldorado, empresários se mostram reticentes e avaliam que em curto prazo não se supera as duas crises: a doméstica e nacional.Com as finanças impactadas pelo aperto econômico em 2008, o empresário Joaquim Alves Nunes Filho decidiu trocar Minas Gerais por Mato Grosso do Sul e o ramo de madeireira por hotelaria. “Sai procurando outro negócio e soube da expansão da celulose. No começo foi muito bom”, relata.Mas o tempo de casa cheia chego ao fim no ano passado no Hotel Veredas. Ele viu a ocupação despencar de 95% para 40% e teve que demitir cinco dos nove funcionários. O empresário não tinha contrato com a UFN3, mas atendia terceirizados. A média de 80 hóspedes caiu para 20. “O segundo semestre de 2014 só decepcionou”, diz.Para o empresário, apesar das obras de ampliação, o ritmo de negócios não é mais o mesmo. “Antes, tinha vendedor que ficava a semana toda. Agora fica um dia só e logo vai embora”, afirma Joaquim.No ramo de supermercado, o consumo se readequou as dimensões de uma cidade de 113 mil habitantes que perdeu do dia para noite os milhares de trabalhadores da população flutuante. “A venda voltou para a realidade da cidade. O ramo de supermercado sentiu um pouco, mas a alimentação não tem como parar”, afirma o diretor comercial da rede Nova Estrela, que tem três lojas na cidade e uma em Andradina (interior de São Paulo) e 500 funcionários.A empresa, que nasceu de uma beneficiadora de arroz, aposta no crescimentos e faz a ampliação dos supermercados.