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Dólar opera em alta em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral

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(Foto: Divulgação)
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (17), com os investidores monitorando as pesquisas eleitorais.Às 9h45, a moeda norte-americana subia 0,5%, vendida a R$ 4,1876. Na máxima do dia, bateu R$ 4,2036.O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.Na sexta-feira (14), o dólar fechou em queda, em movimento de correção depois de bater na quinta o valor mais alto da história do real. A moeda norte-americana recuou 0,67%, negociada a R$ 4,1669 na venda. Nas casas de câmbio, o dólar turismo encerrou negociado a R$ 4,35, sem cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).No mês de setembro, sobe mais de 2,5%. Desde o início do ano, o dólar avança mais de 26%. Na semana passada, a moeda acumulou alta de 1,72%.Novo patamar e perspectivasA recente disparada do dólar acontece em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas consideradas fundamentais para o ajuste das contas públicas.Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,80 para R$ 3,83 por dólar, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,70 para R$ 3,75 por dólar.