Fernanda Garay ataca contra bloqueio japonês O placar pode até dizer o contrário, mas não foi fácil. Diante de um incansável Japão, o Brasil sofreu. Em alguns momentos, teve problemas para superar a defesa e os rápidos ataques das rivais. Mas, na marra, a seleção de José Roberto Guimarães garantiu a classificação para a final da Liga das Nações, em Rimini, na Itália. Em 3 sets a 1, parciais 25/15, 25/23, 28/30 e 25/16, derrubou as japonesas e, agora, espera por Estados Unidos ou Turquia na decisão, nesta sexta-feira.Em alguns momentos, o jogo até se apresentou tranquilo. Mas não foi sempre assim. Ao se multiplicar em quadra, o Japão causou problemas à seleção. Mas, quando acertou o passo e diminuiu o número de erros, o Brasil conseguiu controlar as ações na partida. Com 3 a 0, garantiu a classificação rumo à final da Liga das Nações. Agora, o Brasil espera pelo rival na decisão. Na outra semifinal, os Estados Unidos vão encarar a Turquia, ainda nesta quinta-feira. O vencedor vai enfrentar a seleção brasileira nesta sexta-feira, às 14h30.Um ataque de Kurogo, com desvio no bloqueio de Bia, abriu a conta na partida. Tandara, logo depois, soltou duas pancadas para colocar a seleção à frente. O Japão, como sempre, se multiplicava na defesa e causava problemas para que o Brasil mandasse a bola ao chão. O time de Zé Roberto também cometia erros. Na primeira parada, com o placar 8/7 para as rivais, o treinador falou mais duro e cobrou mais atenção e agressividade. Funcionou. Um bloqueio de Bia sobre Shinomiya fez com que o Brasil tomasse a frente em 11/10. Aos poucos, a seleção cresceu. Garay, com uma pancada na diagonal, fez com que o time abrisse 15/12, e o Japão pedisse tempo. Mas a seleção disparou. Sem a dificuldade do início, logo fechou a parcial, depois de um erro de ataque das rivais: 25/15.O Brasil manteve o ritmo na volta à quadra. Com facilidade, abriu 6/2 depois de um bloqueio duplo de Tandara e Gattaz. Mas nunca é tão fácil contra o Japão. As japonesas foram buscar e chegaram à primeira parada técnica na frente, com 8/6. Zé arrumou a casa, e a seleção conseguiu se recuperar. Voltou à frente com Gabi, em 14/13.Mas o Brasil já não tinha a mesma facilidade. Até chegou a abrir dois pontos, mas viu o Japão empatar em 16/16 em uma falha de Camila Brait em um saque de Koga. Mas o Brasil disparou de novo. Em um toque na rede das japonesas, a seleção abriu 22/18. A seleção ainda permitiu que o Japão voltasse a encostar, mas conseguiu ampliar a vantagem depois de uma pancada de Tandara: 25/23.O Japão quis reagir. Koga cresceu em quadra e fez sua seleção abrir 3/0 no placar. Zé Roberto logo parou o jogo, mas as asiáticas seguiram no mesmo ritmo. Ishikawa, depois de um belo rali, abriu 7/3. Logo na sequência, Ai Kurogo cravou mais um ace, aumentando a diferença para cinco pontos antes do tempo técnico. O Brasil ensaiou a reação, mas viu o rival abrir 11/5 depois de Gabi parar no bloqueio japonês. A vantagem aumentou para sete pontos logo depois, no pior momento da seleção na partida.Zé Roberto mexeu. Mandou Natália, Rosamaria e Roberta à quadra. Funcionou. Aos poucos, o Brasil buscou a diferença. Kurogo voltou a errar, e a seleção ficou a um ponto do empate (12/11). A igualdade veio logo depois, com uma pancada de Tandara, em 14/14. A virada no set, aliás, se deveu muito à oposta brasileira. Em mais um golpe na diagonal, ela deixou o placar em 19/16 para a seleção. O Japão, porém, seguiu na luta. Em um bloqueio sobre Tandara, deixou tudo igual, em 22/22. O Brasil abriu vantagem, mas, quando tudo indicava o fim do jogo, o Japão buscou mais uma vez. E tomou a frente. Começou, então, o drama. O Brasil desperdiçou duas chances de fechar, até evitou três set points, mas não impediu a queda no fim: 30/28.Kurogo atacou no fundo da quadra brasileira e abriu a conta no quarto set. Assim como na parcial anterior, o Japão disparou no início e marcou 5/0 no placar. Zé, então, mexeu. Primeiro, colocou Carol; depois, mandou Garay no lugar de Natália. Deu certo. A seleção reagiu e, depois de um ataque para fora de Ishikawa, chegou ao empate em 6/6. Uma pancada de Gabi, depois de (mais) um rali, o Brasil tomou a dianteira em 8/7.Foi a vez de o Japão se perder em erros. O Brasil aproveitou e abriu 12/8 depois de um bloqueio de Carol. Depois, em mais um ponto de bloqueio, a central ampliou para 14/9. O paredão à rede seguiu fazendo a diferença. A vantagem aumentou depois de mais um bloqueio, dessa vez de Rosamaria (18/13). A partir daí, o Brasil sobrou. Com tranquilidade, fechou a conta em 25/16.