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Ação de 16 dias quer conscientizar mulheres a denunciar violência doméstica em MS

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(Foto: Divulgação)
Para prevenção da violência contra a mulher, Campo Grande deve contar com uma ação de 16 dias. A ação inclui uma Casa da Mulher itinerante nos bairros, para que as mulheres possam registrar a denúncia no bairro onde moram. Palestras e oficinas também estão inclusas na programação. Conforme dados da Casa da Mulher Brasileira, um terço dos boletins de ocorrência está relacionado à violência contra mulher.A subsecretária da Semu (Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulher), Carla Stephanini, explica que a ação acontece todos os anos em diversas cidades do mundo. As atividades contribuem para a prevenção e têm o objetivo de conscientizar a mulher, caso esteja sendo vítima de violência.“Nossa missão é contribuir para que estas mulheres se reconheçam como vítimas e busquem os serviços oferecidos”, diz. Carla ainda comenta que a ação é conjunta entre a Semu, a 72ª Promotoria, Defensoria Pública, 3ª Vara de Violência Doméstica e a Delegacia Especializada.A titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Félix, diz que as instituições trabalham em conjunto para ajudar a mulher a sair da situação de violência. Segundo ela, geralmente a violência começa com agressão verbal. Se a mulher se cala, o homem parte para a agressão física. “Nosso papel é ajudar a mulher a denunciar. Se o homem não respeita, temos a lei Maria da Penha para apoiar”.A delegada explica que, de 15 mil boletins de ocorrências registrados em MS neste ano, um terço está relacionado à violência contra mulher e a maioria das denúncias é de ameaça. Para Félix, este é um bom sinal, um indicativo de que a mulher está denunciando antes mesmo da agressão física ocorrer.“As mulheres estão começando a entender que não pode esperar a agressão para poder denunciar. Temos que alcançar a igualdade, somos mais da metade da população brasileira. Vamos dar voz e vez para as mulheres”, afirma.A juíza da 3ª Vara de Violência Doméstica, Jacqueline Machado, explica que entre os dias 27 e 28 de novembro, serão realizadas 300 audiências de assuntos relacionados à violência doméstica. Já a promotora Luciana do Amaral Rabelo, titular da 72ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, explica que há uma redução dos casos de feminicídio consumados. Ela aponta que neste ano foram registrados 23 casos, contra 30 do ano passado.ProgramaçãoA agenda de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher inclui diversas atividades. Na terça (19), há visita dos alunos da Escola Municipal Licurgo à Casa da Mulher. Na sexta (22), haverá atendimento itinerante nas Moreninhas II.Em 26 de novembro, o Cônsul da Alemanha visita a Casa da Mulher. No dia 27 de novembro, haverá lançamento de livro, exposição de desenhos dos alunos e apresentação da bandeira da Casa da Mulher. No dia 28, a programação inclui oficina para mulheres deficientes visuais. No dia 3 de dezembro, haverá certificação dos Guardas Municipais. Dia 5 haverá palestra para homens pelo fim da violência.No dia 6, acontece a blitz Campanha do Laço Branco e no dia 10 a exibição do documentário ‘Silenciadas: Em busca de voz’.