No final de 2012, o Grupo Adecoagro percebeu que a produtividade agrícola de suas duas unidades localizadas em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Angélica e Ivinhema, naquela safra, registrou 69,1 toneladas de cana por hectare (TCH), 7% abaixo da média do Centro-Sul e bem abaixo das usinas Top5 em produtividade.Como baixa produtividade aumenta os custos de produção, a Empresa idealizou um plano de trabalho para organizar ações visando o aumento da produtividade, ganho de eficiência e uso de tecnologias.Segundo Renato Nogueira, o plano foi desenvolvido em quatro fases:1 - Análise de Gap: realizar benchmark com as principais consultorias especializadas do setor e identificar, dentro dos custos de produção, quais aqueles fatores e processos que mais impactam no resultado final. Desta análise, foi obtido um gráfico de efeitos dos principais fatores de produção sobre a lucratividade.2 - Análise de causas: Análises de custos e eficiências e comparação de práticas e processos.3 - Iniciativas: identificar possíveis soluções e avaliar viabilidade econômica. Ao todo, foram criados 12 grupos, cada um voltado a algum processo específico.Algumas iniciativas do Grupo de TCH e ATR, por exemplo, eram: implantar sistema de gestão com telemetria; aumentar plantio de cana de 18 meses; aumentar plantio de variedades precoces, principalmente no primeiro trimestre; implantar sistema de meiosi; aperfeiçoar o uso de maturadores; corrigir o solo em cana de segundo corte e implantar GPS e Piloto Automático nas operações de plantio e controle.4 - Implementação do plano: Definição dos líderes, prazos, metas e controle. Deste plano, foram listados mais de 50 projetos que contribuíram para absorver os impactos econômicos de 2013 a 2015 e mudou o patamar de produtividade e eficiência operacional da Adecoagro no MS.No final, a Adecoagro MS conseguiu aumentar seu TCH em mais de 40% somente nos últimos quatro anos, saltando para quase 100t/ha.
