No auditório do Apart Hotel Bahamas, acontece na quarta-feira (27), uma coletiva jurídica, organizada pelos escritórios que defendem acusados pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) – por corrupção e lavagem de dinheiro – no episódio da cassação do prefeito Alcides Bernal. Organizado pelo advogado Fábio Trad, o evento tem a intenção de mostrar um contraponto à denúncia oferecida pelo órgão no relatório final da operação Coffee Break, que complicou a vida de doze eventuais candidatos a reeleição para cadeira na Câmara Municipal.“Fazemos uma explanação pública a respeito a fragilidade das acusações que foram direcionadas aos nosso clientes, mesmo com uma investigação que durou mais de um ano. O equívoco apresentado pelo MPE-MS na conclusão desse trabalho foi gritante e dou, como exemplo, a alegação de enriquecimento ilícito a partir de depósitos da própria Câmara a vereadores”, diz o advogado André Borges, que atende no caso o vereador Otavio Trad (PTB). O parlamentar foi testemunha durante toda a operação e, no relatório final do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), passou a ser apontado como acusado de corrupção passiva.De acordo com o anfitrião da coletiva, o motivo da convocação da imprensa para abordar sobre a denúncia, dois meses depois do MPE-MS apresentar para a mídia o documento final da Coffee Break, tem um motivo claro e que nada tem a ver com eleições.“Essa tradução ocorre agora porque só recentemente tivemos acesso à dados do processo, e por razão disso tivemos como saber de inconformidades na acusação. O contraponto será jurídico, e só acontecerá de forma pública, porque o Ministério Público também foi a público divulgar as denúncias, depois do fim da Coffee Break. Não há correlação com a proximidade das eleições”, explica Fabio Trad, que além de André Borges terá a companhia de outros cinco advogados, de escritórios diferentes, na conversa com jornalistas sobre a ação que foi gerada a partir das apurações do Gaeco a respeito da cassação do prefeito de Campo Grande.