Os resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados na manhã desta terça-feira (06), mostram uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de pontuação também refletiu uma queda do Brasil no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.A prova é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Ela acontece a cada três anos e oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, reúne informações sobre variáveis demográficas e sociais de cada país e oferece indicadores de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos.Top 5 do Pisa em CIÊNCIAS:Cingapura: 556 pontosJapão: 538 pontosEstônia: 534 pontosTaipei chinesa: 532 pontosFinlândia: 531 pontosTop 5 do Pisa em LEITURA:Cingapura: 535 pontosHong Kong (China): 527 pontosCanadá: 527 pontosFinlândia: 526 pontosIrlanda: 521 pontosTop 5 do Pisa em MATEMÁTICA:Cingapura: 564 pontosHong Kong (China): 548 pontosMacau (China): 544 pontosTaipei chinesa: 542 pontosJapão: 532 pontosEspecialistas ouvidos pelo G1 afirmam que não há motivos para comemorar os resultados do país no Pisa 2015, e afirmaram que, além de investir dinheiro na educação de uma forma mais inteligente, uma das prioridades deve ser a formação e a valorização do professor. Questões como formação de professores, Base Nacional Comum e conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse jogo, afirmou Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.É fundamental rever os cursos de formação inicial e continuada, de maneira que os docentes estejam realmente preparados para os desafios da sala de aula (pesquisas mostram que os próprios professores demandam esse melhor preparo), disse Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Movimento Todos pela Educação.Para Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, parte da solução passa também em superar a baixa atratividade dos jovens brasileiros pela carreira do magistério, ao contrário do que ocorre nos países que estão no topo do ranking mundial do Pisa. Nesses países, ser professor é sinônimo de prestígio social.Participação do BrasilNo país, a prova fica sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A amostra brasileira contou com 23.141 estudantes de 841 escolas, que representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos.Em cada edição, o Pisa dá ênfase a uma das três áreas. Na deste ano, o foco foi ciências. Em 2015, a nota do país em ciências caiu de 405, na edição anterior, de 2012, para 401; em leitura, o desempenho do Brasil caiu de 410 para 407; já em matemática, a pontuação dos alunos brasileiros caiu de 391 para 377. Cingapura foi o país que ocupou a primeira colocação nas três áreas (556 pontos em ciências, 535 em leitura e 564 em matemática).Segundo o Inep, não existem evidências empíricas para afirmar que houve diferenças estatisticamente significativas entre a pontuação dos estudantes brasileiros nas três áreas do Pisa entre 2015 e as três últimas edições da prova (2012, 2009 e 2006).De acordo com os dados, os resultados dos estudantes em ciências e leitura são distribuídos em uma escala de sete níveis de proficiência (1b, 1a, 2, 3, 4, 5 e 6). Em matemática, a escala vai de 1 a 6. De acordo com a OCDE, o nível mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para a aprendizagem e a participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado.No Brasil, em todas as três áreas, mais da metade dos estudantes ficaram abaixo do nível 2.Além disso, 4,38% dos alunos brasileiros ficaram abaixo até do nível mais baixo no qual a OCDE determina habilidades esperadas para os estudantes em ciências. Em leitura e matemática, esse índice foi de 7,06% e 43,74% em matemática (no caso, da matemática, porém, há seis níveis de proficiência, e não sete).Participaram alunos de todos os estados brasileiros, mas, no Amapá e no Paraná, não houve um número mínimo de avaliações para garantir uma análise estatística ampla. Por isso, o Inep alerta que os dados referentes a estes estados sejam analisados com cautela.Em ciências e leitura, o Espírito Santo foi o estado com a maior média (435 e 441 pontos, respectivamente). Em matemática, a média do Paraná foi a mais alta, com 406 pontos, e o Espírito Santo teve a segunda maior média: 405. Já Alagoas registrou a média mais baixa nas três áreas: 360 em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.Para Ricardo Falzetta, do Todos pela Educação, os dados mostram dois problemas principais. Em primeiro lugar, que os nossos jovens não estão aprendendo conhecimentos básicos e fundamentais para que possam exercer plenamente sua cidadania enquanto jovens e depois, enquanto adultos, realizando seus projetos de vida. Em segundo lugar, a pesquisa aponta novamente – como vemos em diversos outros estudos, inclusive os nacionais – as enormes disparidades entre as regiões.Veja abaixo os resultados do Brasil em cada área:CiênciasA área de ciências foi o foco da prova neste ano. Os alunos foram avaliados de acordo com três competências científicas: explicar fenômenos cientificamente, avaliar e planejar experimentos científicos e interpretar dados e evidências cientificamente. De acordo com a OCDE, um jovem letrado cientificamente está preparado para participar de discussões fundamentadas sobre questões relacionadas à Ciência, pois tem a capacidade de usar o conhecimento e a informação de maneira interativa.As perguntas variavam entre o nível de dificuldade (baixo, médio e alto), e as respostas podiam ser dissertativas, de múltipla escolha simples ou múltipla escolha complexa. Os temas de ciências envolvem os sistemas físicos, vivos e sobre a Terra e o espaço, e foram abordados nos contextos pessoal, local/nacional e global.Em ciências, 43,4% dos estudantes obtiveram pelo menos o nível 2 da escala de proficiência, segundo os dados divulgados nesta sexta. A média do Brasil na área foi de 401 pontos. Desde 2009, o desempenho do Brasil estava estagnado em 405, e agora recuou quatro pontos.Desempenho em CIÊNCIAS:Média dos países da OCDE: 493 pontosMédia do Brasil: 401 pontosBrasil – rede federal: 517 pontos*Brasil – rede privada: 487 pontos*Brasil – rede estadual: 394 pontosBrasil – rede municipal: 329 pontos***Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é estatisticamente diferente**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamentalOs estudantes brasileiros que participaram do Pisa em 2015 apresentaram mais facilidade para interpretar dados e evidências cientificamente e mais dificuldade com a competência de avaliar e planejar experimentos científicos. As questões que tinham contexto pessoal foram mais fáceis tanto para brasileiros quanto para alunos de outros países: elas registraram um índice de acertos de 33,8% pelos estudantes do Brasil. As questões globais, por outro lado, só foram respondidas corretamente por cerca de 26% dos participantes.Apenas para ilustrar, se considerarmos os nossos resultados em ciências, atingimos 401 pontos, enquanto que os alunos dos países da OCDE obtiveram uma média de 493 pontos, afirmou Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna. É uma diferença que equivale a aproximadamente ao aprendizado de três anos letivos!De acordo com o Inep, “representam pontos fortes dos estudantes brasileiros, de modo geral, os itens da competência explicar fenômenos cientificamente, de conhecimento de conteúdo, de resposta do tipo múltipla escolha simples. Por outro lado, representam pontos fracos os itens da competência interpretar dados e evidências cientificamente, de conhecimento procedimental, de resposta do tipo aberta e múltipla escolha complexa.LeituraO Pisa define o letramento em leitura como a capacidade de os estudantes entenderem e usarem os textos escritos, além de serem refletir e desenvolver conhecimentos a partir do contato com o texto escrito, além de participar da sociedade. A prova do Pisa avalia o domínio dos alunos em três aspectos da leitura: Localizar e recuperar informação, integrar e interpretar, e refletir e analisar.Vários tipos de textos aparecem na prova, como os descritivos, narrativos e argumentativos, e há textos que apresentam situações pessoais, públicas, educacionais e ocupacionais.No Pisa 2015, 50,99% dos estudantes ficaram abaixo do nível 2 de proficiência. A média de desempenho foi de 407 pontos. É a segunda queda consecutiva na área de leitura desde 2009.Desempenho em LEITURA:Média dos países da OCDE: 493 pontosMédia do Brasil: 407 pontosBrasil – rede federal: 528 pontos*Brasil – rede privada: 493 pontos*Brasil – rede estadual: 402 pontosBrasil – rede municipal: 325 pontos***Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é estatisticamente diferente**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamentalOs estudantes brasileiros mostraram melhor desempenho ao lidar com textos representativos de situação pessoal (por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais, textos literários e textos informativos) e desempenho inferior ao lidar com textos de situação pública (por exemplo, textos e documentos oficiais, notas públicas e notícias), avaliou o Inep, no documento divulgado à imprensa.MatemáticaA área de matemática do Pisa é onde o Brasil tem a pontuação mais baixa nas últimas cinco edições do programa. Porém, o país vinha registrando uma tendência de crescimento consistente. Na edição de 2012, o governo federal afirmou que o Brasil foi o país que mais evoluiu na pontuação média de matemática no Pisa. Porém, nesta edição, essa foi a área onde o Brasil teve a queda mais acentuada:Desempenho em MATEMÁTICA:Média dos países da OCDE: 490 pontosMédia do Brasil: 377 pontosBrasil – rede federal: 488 pontos*Brasil – rede privada: 463 pontos*Brasil – rede estadual: 369 pontosBrasil – rede municipal: 311 pontos***Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é estatisticamente diferente**O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamentalOs resultados do Brasil no Pisa são gravíssimos porque apontam uma estagnação em um patamar muito baixo. 70% dos alunos do Brasil abaixo do nível 2 em matemática é algo inaceitável. O Pisa é mais uma evidência do que vemos todos os dias nas escolas, afirmou Denis Mizne, da Fundação Lemann.Os conteúdos matemáticos avaliados na prova do Pisa são relacionados a quantidade; incerteza e dados; mudanças e relações; espaço e forma. A OCDE considera como capacidades fundamentais da matemática atividades como delinear estratégias, raciocinar e argumentar, utilizar linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas e utilizar ferramentas matemáticas. Entre os processos matemáticos, o Pisa mede a habilidade dos estudantes de formular, empregar, interpretar e avaliar problemas.De acordo com a avaliação do Inep, os estudantes brasileiros apresentaram facilidade maior em lidar com a matemática envolvida diretamente com suas atividades cotidianas, sua família ou seus colegas. Além disso, o manuseio com dinheiro ou a vivência com fatos que gerem contas aritméticas ou proporções é uma realidade mais próxima dos estudantes do que, por exemplo, espaço e forma, diz o órgão.Entenda o PisaAs provas do Pisa duram até duas horas e as questões podem ser de múltipla escolha ou dissertativas. Nesta edição, em alguns países, incluindo o Brasil, todos os estudantes fizeram provas em computadores. O exame é aplicado a uma amostra de alunos matriculados na rede pública ou privada de ensino a partir do 7° ano do ensino fundamental. Além de responderem às questões, os jovens preencheram um questionário com detalhes sobre sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem.Do total de alunos da amostra brasileira, 77,7% estavam no ensino médio, 73,8% na rede estadual, 95,4% moravam em área urbana e 76,7% viviam em municípios do interior.Estudantes de escolas indígenas, escolas rurais da região Norte ou escolas internacionais, além de alunos de escolas situadas em assentamentos rurais, comunidades quilombolas ou unidades de conservação sustentável não fizeram parte do estudo do Pisa. Segundo o Ministério da Educação, o motivo foram as dificuldades logísticas de aplicação da avaliação e o fato de certos grupos populacionais não terem necessariamente a língua portuguesa como língua de instrução.“Através do sistema de compra do governo do Estado e boa gerência da Agraer nos recursos liberados, conseguimos um saldo excedente de R$ 544 mil. Com esse dinheiro vamos comprar mais 26 resfriadores e 97 ordenhadeiras que atenderão outras famílias agrícolas”, anunciou o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini, durante a solenidade de entrega de 159 equipamentos a associações de pequenos produtores e prefeituras nesta segunda-feira (05).Com meio milhão de reais sobrando em caixa, recurso que é fruto dos juros do capital, os R$ 454 mil liberados por meio dos dois convênios de 2011, a Agraer vai conseguir atingir um número ainda maior de agricultores familiares.Nesta primeira remessa de entrega, a Agraer conseguiu repassar a classe rural cerca de R$ 220 mil em ordenhadeiras. Recurso viabilizado via Caixa Econômica Federal, MDA e governo do Estado que possibilitou a compra de 131 unidades. Já para os resfriadores foram R$ 454 mil investidos. Dinheiro esse que foi repassado via Sudeco e Agraer.A cerimônia de entrega foi realizada no pátio da Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer). Só com o valor bruto dos dois convênios já foi possível a compra de 159 equipamentos, 131 ordenhadeiras e 28 resfriadores. Aparelhos que trarão mais qualidade, higiene e, consequentemente, mais renda as famílias rurais. “A entrega de equipamentos permite ao pequeno produtor ser mais competitivo. Com os resfriadores, nas associações, muitas das vezes você não precisa, todos os dias, liberar o leite. Você se torna mais competitivo, porque pode armazenar na condição ideal e, na maioria das vezes, será remunerado por isso, com um preço mais competitivo”, avaliou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, durante o evento.Em seu pronunciamento, Azambuja ainda avaliou outros importantes pontos quanto à valorização do pequeno produtor no setor leiteiro. “Disponibilizar ordenhadeiras para melhorar a qualidade da captação do leite é fundamental. A qualidade do leite é necessária para o sucesso da indústria. Quanto melhor a qualidade do leite entregue na indústria, mais competitivo o pequeno produtor será”, afirmou.Pelo cumprimento de suas funções, o desempenho da direção da Agraer também foi lembrado pelo chefe de Estado. “Resgatar um convênio que é de 2011 é muito importante. Houve um resgate do que estava quase perdido e conseguiu, ainda, além da entrega, fazer a multiplicação. E, hoje, os governos têm que entender que têm que fazer as multiplicações também. É fazer mais com menos. Comprar melhor, negociar melhor, para poder fazer as entregas. Aqui, nós vamos praticamente dobrar o número de equipamentos. Está é a segunda entrega que fazemos, e com os juros do capital será possível uma nova compra, ou seja, vamos dobrar o número de equipamentos”, destacou.Repasse que é bem recebido por aqueles que estão, diariamente, no curral. “No meu caso que recebi uma ordenhadeira, vai facilitar e trazer mais higiene durante o trabalho. Tenho 40 vacas e 20 estão em lactação. Então, se pensar em todos esses animais, a gente pensa que será mais rápido o trabalho e menos estresse aos animais”, afirmou José Francisco de Oliveira, produtor do assentamento Santa Teresinha, município de Sidrolândia.Mais investimentosE do que depender da Agraer o fortalecimento da agricultura familiar não se limitará nestes equipamentos. Muitas outras ações estão sendo avaliadas e postas em prática pela equipe da Agência, conforme declaração dada, no evento, pelo diretor-presidente da Agência, Enelvo Felini. “A demanda na agricultura familiar é muito maior do que entregamos hoje. Temos 6 mil sacos de milho para ser entregues a produtores tradicionais e assentados, ou seja, serão 18 mil quilos de insumos repassados. Uma parceria nossa com o Incra e o DFDA”.Na linha de pesquisa, a Agraer também vem investindo firme em busca de inovações e valorização da equipe de pesquisadores. “A Cepaer está em reforma e, amanhã [6 de dezembro] nós entregaremos ao secretário de Obras Marcelo Miglioli todo o plano de trabalho para licitar uma obra. São R$ 620 mil, em conta, que serão aplicados. Também estamos dando andamento a uma unidade referencial de leite. Já estamos com R$ 1,4 milhão em caixa. Vamos começar a obra em poucos dias. É uma obra orçada em R$ 2,4 milhões. Uma unidade que servirá como modelo para o produtor que deseja melhorar a sua produção”, disse.Os incentivos as comunidades indígenas também não foi esquecido pelo dirigente da Agraer. “Vamos fazer a licitação do Proacin na próxima sexta-feira, 9 de dezembro, e em janeiro, o governador já poderá fazer o repasse de insumos. Ao todo serão 69.200 mil de óleo diesel, 485 sacas de arroz, 578 de feijão e 1.090 de milho para as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul”. “Também estamos aplicando recursos na irrigação de pastagem. Pretendemos colocar a irrigação em mais de 230 propriedades para aumentar a nossa produção de leite”, garantiu.Já no setor de hortifrúti, a “menina dos olhos” da Agraer, no momento, é a Ceasa de Dourados. “A licitação não deve chegar a R$ 5 milhões. A Agraer fez uma economia, apertou um pouco e, agora, queremos fazer o lançamento da pedra fundamental em dezembro. Uma forma de contar com a participação da atual prefeitura de Dourados que tanto nos ajudou com o projeto, inclusive, com a doação do terreno de 5 hectares”.“É de suma importância que a licitação inicie. A gente quer levantar a Ceasa de Dourados ainda no primeiro semestre de 2017. Sabemos que há 14 anos houve reuniões com propósito semelhante. Mas, só agora com a determinação do governador do Estado e com o empenho da Sepaf e Agraer é que o projeto está sendo de fato colocado em prática”.Outro eixo que ganhou mais espaço na Agraer é a produção agrícola nas comunidades quilombolas. “Estamos com um projeto semelhante ao Proacin. Vamos atender as 23 comunidades com óleo diesel e sementes de milho e feijão. Ainda esta semana o projeto chegará à mesa do governador”, afirmou Felini. A erva-mate é outro assunto que passa a ter notoriedade já no começo de 2017. “Já está na conta da Agraer R$ 2,7 milhões. Dinheiro que veio de Brasília através do senador Moka e contrapartida do governador Reinaldo Azambuja. Vamos atingir toda a fronteira do Mato Grosso do Sul. É quase lamentável, mas, 90% da erva do nosso tereré vem de fora, importadas de estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, detalhou Felini.“Temos, hoje, apenas 350 hectares de erva-mate no Estado. Precisamos chegar a 2 mil hectares para que a possamos atingir a produção de consumo que temos hoje. Na Cepaer, estamos com 250 plantas para que seja estudado o seu desenvolvimento da espécie”.Por fim, o diretor-presidente da Agraer falou também do acesso a terra. “Se em 2014, o governo do Estado atingiu 57 famílias pelo Crédito Fundiário. Entre 2015 e 2016, o atual governo já atendeu 785 famílias pelo mesmo programa. O governo vem trabalhando arduamente para atender as famílias com vocação em trabalhar e produzir na terra. Em breve, vamos entregar outros 40 lotes no município de Rochedo”.E a prestação de contas da Agraer, neste final de ano, promete ser positiva à população rural. “Entre o que entregamos hoje [5 de dezembro] e as patrulhas mecanizadas que estaremos licitando, no dia 19 de dezembro, o governo do Estado vai entregar, provavelmente, mais de 400 itens para a agricultura familiar. Isto é algo extraordinário em termos de quantidade, valor e importância às famílias”, concluiu Felini.(Com Assessoria)