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Após bloqueios, MST e Fetagri vão se reunir com superintendente do Incra

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(Foto: Divulgação)
Integrantes do MST/MS em bloqueio realizado anteontem na BR-262 no município de Terenos Saiba maisMST/MS tranca mais uma Rodovia em Mato Grosso do SulMST libera rodovias bloqueadas após reunião com Celso Cestari ser agendadaDepois de bloquear as principais rodovias federais em Mato Grosso do Sul nos últimos dois dias, integrantes da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) e do MST/MS (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) conseguiram marcar para amanhã uma reunião com o superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Celso Cestari Pinheiro. O objetivo é cobrar agilidade nos processos de demarcação de áreas já vistoriadas no estado.Conforme informações da assessoria de comunicação do MST/MS, os bloqueios de rodovias no estado fazem parte da Jornada de Luta Nacional do Movimento pela Reforma Agrária Popular, que começou no dia 1°, na posse da presidenta Dilma Rousseff (PT). O movimento organizou caravanas de todo o país, reivindicando que neste ano sejam assentadas pelo menos 120 mil famílias no Brasil.Na segunda-feira, o MST já havia trancado o fluxo de veículos das rodovias, BR-163, nos trevos de Itaquiraí e Anhanduí; BR-367, no distrito de Casa Verde; e na BR-262, em Terenos. As manifestações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra reuniram pelo menos 150 pessoas em cada trecho bloqueado.Ontem foi a vez da Fetagri realizar manifestações e direcionar críticas ao Incra pela demora nas demarcações de terras no estado. Os integrantes da Fetagri bloquearam a rodovia BR-163 no município de Naviraí para fazer uma pressão e forçar um posicionamento do Instituto.A reforma agrária deu uma parada. A maneira que encontramos de chamar a atenção do Incra foi bloqueando a rodovia BR-163, em Naviraí” (MANOEL DOS SANTOS VALENÇOELA, assessor da Fetagri)“A reunião com o Incra é uma solicitação do pessoal [manifestantes das duas entidades]. A rodovia foi bloqueada por volta das 7h e só liberada depois das 10h, quando a agenda com o superintendente do Incra foi oficializada”, explica o assessor da Fetagri, Manoel dos Santos Valençoela. Ele ressalta que a prioridade é assentar aquelas famílias que estão a quase oito anos morando em beira de estrada.CONTESTAÇÃOAlém das reivindicações solicitando agilidade nas demarcações, o MST também direcionou críticas à escolha do nome da senadora Kátia Abreu (PMDB) como ministra da Agricultura. “Ela representa um segmento atrasado de latifundiários, que não alcançou o patamar de produtividade para atender às demandas da economia brasileira”, afirma o MST, através de release.O texto ressalta, ainda, que a nova ministra “tem raízes em um segmento que tem a terra como um instrumento de poder e reserva de patrimônio, sem vocação para a produção, sem qualquer responsabilidade com a preservação do meio ambiente e que vê no fortalecimento da agricultura uma oportunidade para especulação, tanto para vender a propriedade como para o arrendamento”.  (Com Wender Carbonari/Assessoria).