Publicado em 18/11/2020 às 02:00,

Após mudança, deputados aprovam projeto sobre parto cesárea em MS

Redação, ALMS
Cb image default
(Foto: Divulgação)
Deputados durante votação na Assembleia Legislativa Após mudança no texto, os deputados aprovaram o projeto sobre o parto cesárea em Mato Grosso do Sul. A matéria agora diz que o procedimento deve seguir as diretrizes do Ministério da Saúde. A novidade é o direito da gestante usar “analgesia” para aliviar a dor no trabalho de parto normal.A proposta anterior permitia a gestante optar pela cesariana a partir da 39° semana, na rede pública. Este trecho foi retirado do texto, após gerar polêmica e depois de sofrer críticas de entidades ligadas ao setor.Por esta razão o deputado Marçal Filho (PSDB), autor do projeto, apresentou uma emenda em acordo com os demais parlamentares, modificando o projeto e desta vez tendo como foco “aliviar a dor” da gestante na hora do parto normal.Foco - Ela terá o direito de usar “analgesia”, que se trata de medicamentos utilizando usados para aliviar e minimizar a dor da paciente, sem a perda da sua consciência, mas sendo precedida de avaliação médica.A proposta destaca que antes desta opção (analgesia), serão considerados métodos não “farmacológicos” para alívio da dor. Se houver “risco de vida” da gestante ou do bebê, o médico poderá restringir ou impedir o uso destes medicamentos, desde que sua decisão seja fundamentada.“A nova redação garante à gestante o direito de receber todas as informações necessárias  ao método de analgesia, como o modo de aplicação, os efeitos colaterais, a duração de seus efeitos”, descreveu o autor.Cesária – Sobre o parto cesariana, a proposta só destaca que ela será feita conforme as regras elaboradas pelo Ministério da Saúde. “A nova redação está em consonância com os regramentos nacionais sobre o tema”.O texto anterior gerou críticas de médicos, especialistas, assim como de instituições entre elas o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de MS), que inclusive pediu a suspensão da matéria na Assembleia.O Conselho criticou o projeto, ao dizer que defende o parto natural e humanizado em Mato Grosso do Sul e reconhece as políticas que tentam deter o que chama de “epidemias de cesarianas” em todo País.