A cotação da arroba do boi teve alta de 2,93% e da vaca de 1,17% em Mato Grosso do Sul ao longo de fevereiro, entre os dias 3 e 28. Nesse período, a primeira passou de R$ 179,47 para R$ 184,72 e a segunda de R$ 168,20 para R$ 170,17.Essas informações constam no mais recente boletim Casa Rural da bovinocultura de corte, divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).Conforme a entidade representativa do setor produtivo estadual, “o desempenho positivo dos preços está sustentado pela oferta gradativa de animais terminados, tendo em vista que as melhores condições de pastagens permitem aos produtores escalonar os animais para abate com maior tranquilidade”.“A demanda irá contribuir à medida que, na primeira quinzena do mês, receberá estímulo com o recebimento de salários pela população”, acrescenta.No comparativo com o mesmo período de 2019, foi apurada valorização ainda maior no preço médio, entre 30,87% e 31,30%. A arroba do boi passou de R$ 140,19 para R$ 183,47 e a da vaca de R$ 128,88 para R$ 169,22.“No fechamento de 28/02 os valores da arroba na Bolsa de Mercadorias e Futuro, B3 S.A. (BVMF3), nos contratos negociados registraram valorização na última semana de fevereiro. O contrato de fevereiro/2020 encerra cotado a R$ 201,10/@, alta de 0,50% em relação ao dia 21/02. O contrato de março/2020, com valorização de 0,45% registrou arroba de R$ 202,90”, pontua o boletim em relação ao mercado futuro.A publicação acrescenta que “os valores da arroba nos contratos de maio e outubro de 2020 valorizaram 0,81% e 0,47% encerrando o dia 28/02 cotados a R$ 204,35 e R$ 213,00/@, respectivamente”. “No acumulado do mês as altas foram maiores, os vencimentos de maio e outubro registraram arroba com valorização de 2,69% e 2,65% em relação ao dia 03/02/2020”, pontua.Já no mercado físico, os analistas da Famasul apuraram que “o Indicador Esalq/BM&F para o boi gordo fechou 28/02 cotado a R$ 201,75/@, alta de 2,83% em relação ao início do mês, 03/02, quando foi R$ 196,20/@”. “No comparativo com igual período de 2019, houve valorização de 34,32% quando a arroba havia sido cotada a R$ 150,20”, finaliza.No final de novembro de 2019, durante inauguração de um complexo industrial em Dourados, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, descartou que os preços das carnes voltariam a patamares mais baixos, de meses anteriores, diante da alta contínua iniciada naquele mês.“Tem que lembrar quanto tempo a arroba do boi ficou parada. Ninguém falava que estava barato demais. O produtor rural aguentou muitos anos. Isso é um momento de equilíbrio dessa cadeia produtiva. A cadeia vive um momento de euforia, mas já já esse mercado vai se equilibrar. Os preços não serão mais os preços praticados há dois meses atrás, mas com certeza essa euforia não continua. É um momento de ajuste da carne brasileira”, ponderou na ocasião.