A ultramaratonista do Estado Ana Márcia Borges, 47 anos, corre na Ultramaratona Comrades Durban, África do Sul, desde 2006. E, desde então, ela conseguiu terminar todas as etapas em que participou. Porém, a esportista diz que mesmo com toda a experiência, o percurso é sempre desafiador. Nascida em Rio Verde, e morando na Capital há dez anos, ela se orgulha das 11 medalhas que já trouxe do continente africano.A última conquista da atleta aconteceu no domingo, onde completou mais uma etapa com 89,21 km em 10h54min. A ultramaratona é realizada desde 1921 e a rota varia todo ano. Em 2015, o percurso compreendeu o trajeto entre as cidades de Durban e Pietermaritzburg, considerado de “up-run” (corrida subida). Neste ano, o caminho foi o reverso, de Pietermaritzburg a Durban, chamado “down-run” (corrida descida).“Mesmo com toda experi- ência é sempre difícil participar da corrida. Nunca sabemos se conseguiremos ir até o final. Depende muito se o atleta vai amanhecer bem no dia da prova, se não tem nenhum problema muscular, se o intestino está bem. O que ajuda sempre é a força de vontade e a fé”, afirmou a atleta.Participantes têm limite de 11h59m para completarem a Comrades Durban“O percurso da prova é muito complicado, mesmo que os organizadores falem que é o ano da descida, pelo menos 50 km é de subida”, concluiu. Os corredores que terminam o trecho entre 9 e 10 horas recebem a medalha de bronze, premiação recebida pela sul-mato-grossense.De acordo com a corredora, o ouro vai para os 10 primeiros, a prata fica para quem corre abaixo de 07h30min; prata com bronze (também chamada de Bill Rowan) vai para os que correm entre 7h30min e 8h59min; e o cobre é para quem corre de 11hs até 11h59min. A partir de 12 horas, o participante fica sem medalha.