Está marcada para a próxima segunda-feira (26) uma reunião do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com todos os deputados estaduais eleitos em outubro. A intenção é estabelecer um consenso, definindo quem ficará com que cargo na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.“Quem tiver suas armas, que apresente”, brincou o deputado Paulo Corrêa (PR). O deputado explica que a reunião tem por objetivo buscar um consenso, para que evite um desgaste entre deputados da próxima legislatura.Paulo Corrêa é um dos que desejam a primeira secretaria, mas pondera que não é radical a ponto de dizer que vai para a disputa a qualquer custo. “Posso abrir mão em prol de um consenso. Se tiver alguém com mais votos, recuo sem problema”, justificou.A reunião terá como protagonistas os deputados Zé Teixeira (DEM) e Junior Mochi (PMDB), que disputam a presidência. Zé Teixeira é candidato mais próximo a Azambuja, mas Mochi conseguiu um grupo maior de deputados, principalmente depois que o quarteto do PT declarou apoio a ele.O PMDB alega que tem votos para eleger o presidente, mas também não arrisca dizer que vai para o enfrentamento, visto que ainda teme a força do governo. Por outro lado, Azambuja também não demonstra abertamente que vai para briga com o PMDB. Um confronto poderia trazer desgaste para o governador, que por enquanto tem pouca gente na oposição.A vantagem do PMDB está no perfil de Mochi. Ele tem um estilo mais conciliador do que de Zé Teixeira, sempre envolvido em polêmicas, por exemplo, com a questão indígena. Todavia, Zé Teixeira tem como vantagem o fato de ser muito ligado a Azambuja e ter concordado, por exemplo, em abrir mão de ser o candidato a vice para garantir Rose Modesto (PSDB).Uma das propostas para a reunião, a ser apresentada pelo PT, é redistribuir as funções dos cargos principais, dividindo, por exemplo, algumas atribuições entre primeira e segunda secretaria, que deve ficar com o próprio PT.A primeira secretaria é responsável por ordenar despesa na Casa e cuidar de toda a parte administrativa. Já ao presidente cabe a questão mais formal, de relação com os Poderes e principalmente com o governador, definindo a ordem de votação de projetos, principalmente de interesse do governo.