Bancários e patrões voltam a discutir na tarde de terça-feira (26) o reajuste salarial da categoria e o fim da greve, que nesta segunda-feira (26) completou 21 dias seguidos. O encontro acontecerá em São Paulo (SP), assim como os anteriores. Essa será a 9ª rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os trabalhadores pedem reajuste de 14,78%, mas a propostas dos bancos foi de apenas 7%, valor abaixo da inflação (9,78%).Além da reposição salarial, os bancários pedem ganho real de 5%, além de outras garantias relativas as condições de trabalho, como segurança das agências, fim das terceirizações e demissões em massa, além do combate à pressão para que metas, consideradas abusivas pelos sindicalistas, sejam cumpridas.De acordo com levantamento da Agência Brasil, os bancários conseguiram entre 2004 e 2015 aumento real acumulado 42,1% no piso salarial. Na última reunião, a Fenaban ofereceu, além de R$ 7%, abono de R$ 3,3 mil, valores rejeitados. Já entre os pedidos recusados, está a participação nos lucros e resultados.A greve é nacional e atinge a maior parte das agências do país, segundo dados dos sindicatos. Em Campo Grande, o Seeb-CG (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região) indica que 110 agências seguem fechadas, número que aumenta para 144 se somadas as unidades dos outros 27 municípios da região que formam a qual corresponde o sindicato.Já segundo o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, 54 agências estão fechadas em 13 municípios da região de Dourados, incluindo cerca de 600 funcionários de bancos públicos e privados paralisados. Durante a greve, o atendimento físico foi comprometido, mas o autoatendimento continua funcionando normalmente.