Campo Grande é a terceira cidade do Brasil com maior número de mortes por raios de 2000 a 2014, conforme dados divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 11 vítimas mortas por descargas elétricas no período de 15 anos.Já Ribas do Rio Pardo está na nona colocação: sete mortes no período. Em relação à densidade de raios por quilômetro quadrado, Porto Murtinho registra a maior concentração de descargas elétricas. Nova Alvorada do Sul e Caracol estão na sequência. Depois aparecem Amambai, Campo Grande, Vicentina, Iguatemi, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo e Aral Moreira.Entre os estados, Mato Grosso do Sul é o quarto com mais óbitos: foram 103 vítimas. Com relação à densidade de raios por quilômetro quadrado, isto é, a área do estado dividido pela quantidade de raios que caem, MS é o terceiro, com média de 11,88 raios por km²/ano. Sobre a incidência de descargas elétricas, o estado também é o terceiro, com 4,24 milhões.Raios no BrasilDe acordo com o ELAT, uma em 50 mortes por raio no mundo ocorre no Brasil. O país é o maior na zona tropical do planeta, área de clima quente e mais favorável à formação de tempestades.A intensidade de um raio é de 30 mil Ampères, quase 1 mil vezes mais que um chuveiro elétrico. São 100 milhões de volts, um milhão a mais que uma tomada. Na maior parte dos casos, as pessoas são atingidas por correntes que vem, por exemplo, do chão. É raro alguém ser atingido diretamente por uma descarga elétrica. Ao contrário do que se pensa, o ELAT esclarece que um local pode ser atingido por mais de um raio. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, recebe seis descargas elétricas por ano.O local mais seguro para se proteger de uma tempestade de raios é dentro de um carro. Quando o veículo é atingido pela descarga elétrica, a corrente elétrica se espalha pela lataria, sem atingir a pessoa. Nenhum caso de morte por raio foi registrado dentro de carros no Brasil.
Capital de MS é 3ª com maior número de mortes por raios em 15 anos
Redação, G1 MS
28/10/2015 às 02:00 •