Uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que os cartórios são as instituições mais confiáveis do país, incluindo os setores público e privado. O levantamento, realizado em cinco capitais brasileiras, conferiu aos cartórios o melhor índice de satisfação dos clientes, na comparação com outros órgãos ou empresas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (22) pelo jornal Correio Braziliense.Na avaliação de confiança das instituições públicas, os cartórios atingiram a média de 7,6 –em um ranking que conferiu notas de 0 a 10–, ficando à frente, por exemplo, dos Correios. Já na avaliação sobre os serviços públicos, 77% dos entrevistados consideraram os cartórios “ótimos” ou “bons”. A mesma pesquisa apontou que 74% dos usuários são contra mudanças no atual sistema.“Nos dedicamos constantemente ao aperfeiçoamento do sistema, investindo em gestão, capacitação e tecnologia, a fim de proporcionarmos ao cidadão segurança jurídica e acesso fácil, rápido e seguro às informações e às nossas atividades”, destacou Rogério Portugal Bacellar, presidente da Anoreg-BR (Associação dos Notários e Registradores do Brasil), para quem a avaliação positiva é consequência do esforço dos profissionais em aprimorar o sistema extrajudicial –bem como do perfil constitucional dos cartórios, que incluem a gestão privada, responsabilidade pessoal dos titulares e fiscalização feita pelo Poder Judiciário.Os dados chamaram a atenção por terem sido divulgados ao mesmo tempo em que o relatório Doing Business, do Banco Mundial, apontou que o custo de transmissão de imóveis no Brasil (que vão da escritura pública, registro e imposto municipal) é mais baixo do que o cobrado nos países ricos ou mesmo na América Latina. O percentual é de 3,5% no país, ante 4,2% nos países ricos e 6,1% no continente latino-americano.A pesquisa foi realizada em Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG), com 1.045 homens e mulheres com mais de 18 anos e abordados na saída dos cartórios, logo após o uso dos serviços. Os dados foram coletados entre 29 de outubro e 4 de novembro de 2015 em 97 cartórios, em diferentes horários e dias da semana.Dentre os entrevistados, 57% foram aos cartórios para uso próprio, e 32% em nome da empresa. Os cartórios de Notas e de Registro Civil foram os mais utilizados, com 44% e 39% dos entrevistados, respectivamente. (Com assessoria)