Os casos de raiva têm preocupado muito a população de Mato Grosso do Sul, pois só nos três primeiros meses deste ano, 10 casos foram diagnosticados, das 456 amostras de sangue de animais recolhidas, no Estado. Em morcegos foram sete casos, sendo seis na capital e um em Corumbá. Em Itaporã foram dois casos em bois e um em cachorro.Outras 139 amostras estão em análise na Iagro,e constatou-se que a vacina é a melhor opção para evitar a transmissão dos morcegos para os animais domésticos. Os agentes abordam os moradores, orientam e vacinam cães e gatos gratuitamente. Em média, são vacinados 1.072 por dia, e a força-tarefa passa por seis bairros de Campo Grande, onde foram encontrados focos da doença em morcegos.Desde o começo do ano, 180 morcegos foram recolhidos e seis deles estavam com o vírus da raiva.De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), os agentes fizeram 230 atendimentos.Todos os casos suspeitos de raiva no estado são enviados à Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) em Campo Grande, para maiores análises. O resultado dos exames pode sair de 48 horas a 30 dias, sendo que a demora se dá devido a necessidade de,dependendo da gravidade do caso, elaborar uma contra-prova.No ano passado foram recolhidas 1.809 amostras de sangue em animais em Mato Grosso do Sul, e dessas, 93 foram positivas, sendo 11 em morcegos (nove na capital e dois em Corumbá).O paciente morreu após ficar um mês internado. Nesse período, recebeu tratamento experimental contra a doença. A terapia salvou a vida de um adolescente em 2008 no estado de Pernambuco.Em Campo Grande, quem não conseguiu vacinar o cão ou o gato pode levar no CCZ, localizado na avenida Filinto Muller, 1601. O serviço funciona de segunda a segunda, das 7h00min às 21h00min.Raiva em humanosEm abril de 2015, Mato Grosso do Sul registrou um caso de raiva. Segundo dados do Ministério da Saúde, na época, o último caso de raiva humana no estado havia sido registrado em 1994.O homem de 38 anos era de Corumbá, município na fronteira com a Bolívia, registrando surto de raiva em 2015. O homem contraiu a doença por meio da mordida de um cachorro e foi transferido para o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) em Campo Grande, onde foi diagnosticado com raiva humana.(Com informações do G1).