Um grupo de cientistas dos Estados Unidos revelou o método utilizado pela serpente jiboia-constritora para matar suas presas, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (23) na revista britânica The Journal of Experimental Biology.O estudo, que aconteceu em ratos previamente anestesiados, mediu as funções cardiovasculares dos roedores antes e após ser atacados pela jiboia, a fim de registrar os efeitos do ataque sobre seu sistema circulatório.Os resultados da pesquisa desmentem o mito de que estas serpentes asfixiam suas presas, e demonstram por outro lado que o ataque da jiboia-constritora restringe o fluxo sanguíneo de suas vítimas.Essa restrição priva os órgãos vitais de oxigênio (isquemia) e destrói rapidamente o tecido do cérebro, do coração e do fígado, explicam os especialistas.Scott Boback, diretor da pesquisa desenvolvida na Universidade Dickinson da Pensilvânia (EUA), disse que o ataque da serpente pode limitar também a respiração da presa.Além disso, Boback explicou em entrevista à rede pública BBC que uma ausência de fluxo sanguíneo causará a morte do animal muito mais rápido que a asfixia.Os resultados da pesquisa documentaram, pela primeira vez, a resposta fisiológica da presa à constrição da serpente.Os pesquisadores disseram estar especialmente interessados em descobrir como a jiboia-constritora desenvolveu este método letal, único no reino animal.