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Coca-Cola pode trocar Brasil por Colômbia caso perca subsídio na Zona Franca

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(Foto: Divulgação)
A Coca-Cola ameaça paralisar a produção de refrigerante no Brasil caso não consiga recuperar o subsídio na Zona Franca de Manaus. A fábrica pretende recuperar os benefícios que recebia anteriores à greve dos caminhoneiros.As empresas que produzem na Zona Franca afirmam que a produção na região só compensa com o recebimento dos incentivos fiscais. A alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) precisa ser de, pelo menos, de 15%.Com a retirada do incentivo por parte do governo, que reduziu o IPI para 4%, a fábrica não vê outra medida senão sair do Brasil. Nesse caso, a Colômbia pode ser o futuro destino da empresa.No mês de junho o assunto foi debatido entre a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerante (Abir), que reúne 59 fabricantes de refrigerante incluindo a Coca-Cola, e o presidente Michel Temer. A Abir afirma que se o presidente não voltar atrás na redução do IPI, terá de cortar 15 mil empregos pois prevê a redução em cerca de R$ 6 bilhões por ano nas vendas.Se a Coca-Cola sair do Brasil, o produto terá de ser importado, o que elevaria em 8% o preço do refrigerante. Contudo, segundo o governo, se a produção for interrompida, a empresa deverá pagar, inclusive, pela importação, o que prejudicaria toda a operação em território brasileiro.IncentivoAntes do mês de junho, as empresas instaladas na Zona Franca podiam fabricar o concentrado de refrigerantes sem pagar o IPI. A redução do pagamento do imposto gerava 20% de crédito às fabricas, o que poderia ser abatido em outros tributos, como o Imposto de Renda.Acontece que, o presidente Michel Temer reduziu o IPI para 4%, o que reduz também o crédito gerado para as empresas. Com a medida, as fábricas acabam não conseguindo abater tributos, perdendo margem de lucro.InvestigaçãoA Receita Federal abriu investigação contra a empresa Coca-Cola após suspeita de superfaturamento nos produtos para aumentar os lucros na Zona Franca.O concentrado do produto é vendido a quilo, por aproximadamente R$ 200 no mercado interno. Porém, é exportado a R$ 20 para outros países. A diferença no valor permite que a empresa envie a matriz nos Estados Unidos remessas significativas do produto.A Coca, por sua vez, afirma não superfaturar porque os incetivos recebidos no Brasil são investidos dentro do próprio país.