As queimadas continuam avançando na região do Pantanal e a situação preocupa com a chegada do período mais seco do ano em Mato Grosso do Sul. Só na região de Corumbá, estima-se que mais de 50 mil hectares de vegetação nativa foram consumidos pelo fogo no primeiro semestre. Para controlar o avanço das queimadas, a PMA (Polícia Militar Ambiental) intensifica o combate e rastreia área para identificar origem dos focos.A unidade da PMA de Corumbá faz a fiscalização por terra e pela água, para identificar queimadas ilegais e punir os infratores. O comando da corporação reforçou a equipe local com mais policiais, totalizando 18, e enviou uma equipe da área de inteligência para a região dos focos.Segundo levantamentos preliminares, a maioria dos incêndios ocorreu pela ação do homem, envolvendo ribeirinhos e proprietários rurais. Eles são investigados por desmate, armazenagem e transporte de madeiras nativas e queimadas ilegais para acesso aos locais de retirada de mel silvestre e iscas vivas.No mês de junho, a PMA de Corumbá autuou sete pessoas por uso de fogo seguido de incêndio e por corte, armazenamento e transporte de madeira sem autorização ambiental, incluindo áreas de reservas legais. Em maio, o total de autuações foi de 19, pelos mesmos crimes ambientais. Com o uso do helicóptero da PM, os policiais ambientais farão autuações em áreas de difícil acesso.O comando da PMA sobrevoou a planície pantaneira e se reuniu com autoridades civis, judiciais e militares de Miranda e Corumbá, incluindo, Ministério Público, prefeitos e a Marinha, com o propósito de definir uma estratégia integrada de ações preventivas e de fiscalização para o controle ao fogo. A partir de 1º de agosto a queima controlada está proibida em Mato Grosso do Sul, estendendo-se até outubro no Pantanal.O comandante da PMA, tenente-coronel José Carlos Rodrigues, relatou que a grande ocorrência de focos na região da Serra do Amolar, em Corumbá, é um cenário preocupante. Alguns focos já foram controlados, com operações coordenadas pelo Corpo de Bombeiros e apoio das brigadas do Ibama e das fazendas, contudo as ocorrências tem se ampliado.“Os focos se espalham pela planície e muitos ocorrem em locais de difícil acesso, provavelmente por combustão espontânea”, disse o comandante. “Mas estamos intensificando a nossa fiscalização, reforçando a equipe da unidade de Corumbá, e pedimos o apoio do comando da Polícia Militar para deslocamento de nossos homens por helicóptero, com a finalidade de identificar a queima criminosa e autuar na sequência.”