A falta de doadores de sangue tem prejudicado o tratamento de crianças com câncer no Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil (Cetohi), do Hospital Regional de Campo Grande. Muitas precisam fazer transfusão e os baixos estoques ou a pouca variedade de tipo sanguíneo impede o procedimento.O filho de Deise Fabiane Goldschimidt tem 9 anos e luta contra o câncer há sete anos precisou fazer uma transfusão de plaquetas na semana passada e não pôde fazer porque o estoque estava zerado.“Precisou e acredito que precisa ainda, mas está em falta”, disse a mãe de Vitor.Segundo o médico oncologista Marcelo dos Santos de Souza, a transfusão de sangue é diária. “Tanto de hemácias quanto de plaquetas porque nós estamos sempre com pacientes iniciando tratamento ou na continuidade do tratamento e sempre têm a necessidade de tomar a transfusão de sangue”, explicou o médico.A quantidade de bolsas de sangue depende do peso da criança, a cada 10 quilos é consumida uma bolsa. Atualmente estão internadas no Cetohi 14 pacientes infantis.O Hemosul é responsável por suprir a demanda de todo Mato Grosso do Sul. De acordo com a gestora de comunicação da instituição Mayra Francheschi, a necessidade é muito maior do que as doações porque tem pacientes precisando de plaquetas de diferentes tipos sanguíneos todos os dias, em diversos hospitais.“Nós entramos em estado de emergência principalmente para O positivo e O negativo e nós precisamos que as pessoas venham doar porque o doador de plaquetas é um doador especial, acima de 60 quilos, que tem um calibre bom de veia”, afirmou Mayra.