Publicado em 18/03/2016 às 03:00,

Detrans são contra exame toxicológico para categorias C, D e E, portanto pedirão fim do mesmo no STF

Redação, O Estado Online
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(Foto: Divulgação)
A AND (Associação Nacional dos Detrans), que representa os 27 Departamentos Estaduais de Trânsito do Brasil, posicionou-se contrária à forma como foi implantado o exame toxicológico para motoristas com habilitação nas categorias C, D e E. Em votação, os Detrans decidiram, de forma unânime, que apresentarão pedido para revisão da obrigatoriedade junto à PGR (Procuradoria Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal).O anúncio foi feito diretamente ao diretor do Departamento Nacional de Trânsito e presidente do Conselho Nacional de Trânsito, Alberto Angerami, nesta quinta-feira (17), durante o encontro realizado pela AND, em São Paulo. A intenção é evitar maiores prejuízos aos motoristas que precisam realizar os testes, mas encontram problemas por falta de laboratórios ou unidades de coletas, além dos altos custos do serviço.“Os Detrans são contra o exame toxicológico da maneira proposta. Não somos contra a iniciativa de evitar motoristas dirigindo sobre a influência de qualquer substância, álcool ou drogas, mas questionamos a imposição e a forma como a exigência está sendo feita, com um tipo de coleta específica e exames que precisam ser feitos nos Estados Unidos. Somos contra os valores que estão sendo cobrados, sem nenhum tipo de controle ou fiscalização”, destacou o vice-presidente da AND e diretor-presidente do Detran Alagoas, Antônio Carlos Gouvêia.Segundo o Denatran, apenas nos processos de renovação de CNH, são mais de 200 mil motoristas brasileiros que deverão realizar os exames todos os meses.“O Registro Nacional de Carteiras de Habilitação, o Renach, está exigindo o toxicológico mesmo para os processos abertos antes da Lei 13.103/15 entrar em vigor. Assim, o sistema federal bloqueia inteiramente o andamento destas solicitações, causando um transtorno gigantesco para milhares de motoristas, em especial aos caminhoneiros”, explica Gouvêia.