Em 24 anos, a taxa de mortalidade infantil em Mato Grosso do Sul saiu de 32,3% em 1990 para 14,9% em 2014, deixando o Estado em 3º lugar na região Centro-Oeste. No País, a taxa em 2014 ficou em 14,4% para cada 1 mil nascidos vivos.Mato Grosso do Sul é terceiro Estado do Centro-Oeste com menor taxa Os dados integram o livro Brasil: uma visão geográfica e ambiental do início do século XXI, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), lançado na segunda-feira (29).Pediatra há 25 anos, Alberto Cubel Brull Júnior, acredita que vários fatores influenciaram a redução, como acesso à melhor alimentação, água tratada e redução dos casos de desnutrição. Segundo ele, o que se observa no dia a dia da profissão é a redução dos casos de diarreia, que no passado foi responsável por muitas mortes.“No caso da desnutrição, vemos que hoje ocorre em pequenos nichos. Essa questão do saneamento, realmente fez grande diferença. Acredito que com o passar do tempo a tendência é cair ainda mais essa taxa, melhorando vacinas, por exemplo”, disse.Publicação – Conforme a publicação na região Centro-Oeste, em 2014 a taxa de mortalidade infantil em Mato Grosso ficou em 17,7%, sendo o 1º da região. Em 1990 o índice foi de 37,5%.Goiás aparece em 2º lugar com 15,9% em 2014 e 35% em 1990, por último está o Distrito Federal que tem a menor taxa entre os estados da região, 11% em 2014 e 28,9% em 1990.Dividido em nove capítulos, a obra – escrita por pesquisadores do IBGE e organizada pela geógrafa Adma Hamam de Figueiredo – aborda pontos relevantes da realidade contemporânea, reinterpretados pela análise geográfica, ao mesmo tempo em que atualiza a edição anterior, lançada em 1995.Segundo o órgão, a publicação tem por objetivo ampliar o conhecimento das alterações ocorridas no território brasileiro como resultado das transformações econômicas, demográficas, políticas e ambientais nas últimas décadas.