Publicado em 02/03/2022 às 03:00,

Embarcação que naufragou e matou sete pessoas é retirada do Rio Paraguai

Redação, midiamax
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(Foto: Divulgação)
Apenas o motor e casco do barco poderão ser reaproveitados. Os restos da embarcação que naufragou no Rio Paraguai, em Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande, foram totalmente retirados da água, nesta terça-feira (1°). O barco de esporte e recreio Carcará afundou em outubro de 2021 após uma tempestade atingir a região, sete pessoas morreram afogadas no acidente.Ao todo, foram 86 dias de trabalho para retirada da embarcação do rio. Segundo o site Diário Corumbaense, ele foi rebocado até o estaleiro de estrutura naval, em Ladário. O coordenador e responsável pela operação disse que a estrutura afundou em um canal do rio — por estar abaixo do nível, a dificuldade foi maior.A equipe teve que arrastar o barco e fazer manobras para que a embarcação levantasse e pudesse flutuar novamente. A maior parte da estrutura foi perdida no acidente e viraram sucata, apenas o casco e o motor poderão ser reaproveitados, que serão entregues aos proprietários do Carcará.Tragédia no PantanalApós um vendaval com ventos de 64 km/h, a embarcação naufragou nas águas do Rio Paraguai. A tripulação tinha 21 pessoas, e sete desapareceram, na região do Tagioloma, cerca de 5 quilômetros de distância de Porto Geral.Quatro dos sete ocupantes da embarcação que desapareceram após naufrágio eram da mesma família. Geraldo Alves de Souza, Olímpio Alves de Souza, Fernando Gomes de Oliveira, Thiago Souza Gomes pescavam em Corumbá quando a tragédia aconteceu. Um amigo da família, Fernando Rodrigues Leão também estava a bordo e faleceu.Todas as cinco vítimas são de Rio Verde (GO) e estavam em Corumbá para pescar. A Prefeitura de Rio Verde decretou luto oficial de três dias por conta do ocorrido. Os corpos dos irmãos Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, e Olímpio Alves de Souza, de 71; Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos e o filho dele, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, foram transportados por aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) até Goiás.InvestigaçãoA embarcação não tinha autorização para transporte turístico na Capitania dos Portos, da Marinha, e nem no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços do Turismo), segundo a Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul).Na nota enviada, a Marinha relata que a CFPN (Capitania Fluvial do Pantanal) já intimou o representante dos proprietários da embarcação para a tomada de providências, como também a retirada do casco do barco do rio.Ainda a nota traz que: “As causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, serão apuradas por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), a ser conduzido pela CFPN”.