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Falta de leitos e médicos, números crescente de casos e mortes, levam sistema de saúde do MS ao colapso

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(Foto: Divulgação)
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Depois de 500 dias de luta incessante no combate ao Covid - 19, os números da pandemia no Mato Grosso do Sul continuam aumentando. Na live desta quarta-feira (9), o secretário de Estado de Saúde declarou que o sistema de saúde do Estado entrou em colapso. “Não há mais leitos nem médicos para atender nossa população”, disse.Nas últimas 24 horas foram registradas mais 3.034 novos casos da doença e 58 óbitos em todo Estado, com outros 22 em investigação. Com média móvel de mortes em crescimento, só nos primeiros dias do mês de junho já atingimos a marca de 326 perdas de vidas humanas em decorrência do coronavírus. Ainda faltam os resultados de 3.327 amostras que estão no Lacen e 10.785 casos sem encerramento nos municípios.População se acomodouEste quadro gravíssimo, segundo Resende, é fruto da falsa impressão das pessoas que acreditam ter passado a pandemia. “Com os ótimos resultados que tivemos ao longo dos meses a população se acomodou”. E esta confiança, de acordo com o secretário, está matando dezenas de pessoas todos os dias. “Perdemos o bom senso e o medo de morrer”, desabafou.Com média móvel de casos em 1.785,1 os cinco municípios que apresentaram maior número de casos registrados hoje foram os seguintes: Campo Grande + 483; Dourados +342; Ponta Porã+146; Três Lagoas +142; Maracaju +110; Naviraí +105.As 58 mortes foram registradas nos seguintes municípios de residência: Campo Grande (22 pessoas Ponta Porã (8), Dourados e São Gabriel do Oeste (4 Bela Vista, Maracaju e Naviraí (2). Os municípios seguintes registraram um óbito cada: Aquidauana, Batayporã, Brasilândia, Coronel Sapucaia, Corumbá, Glória de Dourados, Japorã, Laguna Carapã, Mundo Novo, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Selvíria, Três Lagoas e Vicentina.A taxa de letalidade está em 2,4% e a média móvel de óbitos registrada nos últimos 7 dias é de 50,1.Ocupação hospitalar e lista de esperaAs quatro macrorregiões do Estado continuam com ocupação total de leitos SUS/Covid e uma fila de espera com 274 pacientes. A lotação também atinge os hospitais da rede particular. Na data de hoje estão internados 1.287 pacientes, desses 743 em leitos clínicos (543 públicos e 200 privados) e 544 em leitos de UTI (419 públicos e 125 privados).No isolamento domiciliar 20.750 pessoas seguem em tratamento e 278.044 conseguiram se recuperar da doença.Em vista do quadro atual, o secretário e médico, Geraldo Resende, sugeriu aos gestores de saúde dos municípios que tomem medidas mais duras para conter a disseminação do vírus. “Sabemos que isto pode causar mal humor em diversas categorias, mas é melhor do que suportar a dor daqueles que perderam seus entes queridos”, finalizou.