Pedro durante exercício com o andador; família precisa arrecadar R$ 10 mil “Se precisar sair do Brasil, eu vou. O foco é garantir autonomia para ele”. O desabafo é de Milena Gunther, mãe do pequeno Pedro, 4, diagnosticado aos 11 meses com paralisia cerebral, e do Tiago, que completa um ano no próximo mês. Pedrinho, como é carinhosamente chamado pela família, nasceu prematuro por conta de um sangramento de Milena. Nasceu com 28 semanas e durante 70 dias esteve na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Desta situação ficaram sequelas que ainda hoje são tratadas, mas a mãe tem esperanças de que novas tecnologias possam ajudá-lo a ter um desenvolvimento mais adequado.Pensando nisso, mesmo leiga, Milena passou a ser uma pesquisadora de assuntos ligados a tratamentos revolucionários, como é o caso dos estudos feitos com células-tronco. Chegou a pensar em uma viagem até a Tailândia, onde o tratamento é regulamentado. No entanto, em virtude do alto custo, R$ 130 mil, achou melhor começar procurando as opções dentro do Brasil. Foi quando conheceu a Clínica Higashi, no Paraná, com equipamentos modernos e que dispõe de uma tecnologia chamada neuromodulação, um tipo de tratamento para reposição hormonal bioidêntica de nutrição celular. Para isso, a família de Pedrinho orçou tudo em R$ 10 mil, dinheiro que pretende juntar por meio de uma rifa.“Vou rifar uma corrente de ouro à R$ 20 o número”, explicou Milena que procurou um site para vender os números, o Rifa Tudo, onde os números podem ser vendidos de forma direta até mesmo pelo cartão de crédito.Mãe ressalta força para buscar todos os tipos de tratamento para o filho“A gente sabe que vai chegar uma hora e vai ser aquilo e acabou, mas não vai ser por falta de tratamento ou estímulo. Ele vai ser o que ele tiver que ser, isso é o que me move”, explicou a mãe, cheia de esperanças. Pedrinho vai passar por uma consulta de aproximadamente três horas no dia 19 de dezembro. Depois vai ficar outros cinco dias fazendo tratamento intensivo de acordo com a avaliação médica. “O que a gente puder, vamos fazer por ele”, salientou.Em Campo Grande, Pedrinho faz todo tipo de atividade paralela como fisioterapia, fonoaudiologia, e várias outras, mas ainda não anda e não fala. “Agora ele começou a sentar, mas quando descobrimos que ele tinha paralisia, tardiamente, o médico chegou a dizer que ele não seguraria nem a cabeça e que seria preciso um colete cervical. Ele está bem para o quadro que apresenta, já até senta, arrasta-se, anda no andador com a ajuda”, explicou Milena.Mesmo enfrentando todas as dificuldades com o filho, Milena e o marido, Ciro Alex, optaram por uma nova gestação. “Nosso planejamento inicial era o Pedro. E no começo foi muito difícil sim. A gente se pergunta ‘por que comigo?’, quando na verdade a pergunta deveria ser ‘por que não comigo?’, afinal de contas, todos nós estamos sujeitos”, contou Milena, que hoje não tem dúvida de ter tomado a decisão correta.SERVIÇO– Quem quiser contribuir pode acessar o site www.rifatudo.com.br/amigos-do-pedrinho-tratamento ou ajudar diretamente através do telefone (67) 98133-7927.(O Estado Online)