Pelo investigado até agora pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal, na operação Lama Asfáltica, a descoberta de seguidos superfaturamentos aplicados em obras tocadas pelas empreiteiras investigadas, que se esfarelam depois de pronta, vira uma espécie de crime comum, como se isto fizesse parte do contrato entre a construtora e o poder público, ora governo estadual, federal ou prefeituras. Além de superfaturar as obras os incriminados na operação praticaram outros crimes cujos prejuízos causados ainda não foram calculados.Trata-se da má qualidade das pavimentações de estradas, por exemplo, cuja origem está em medições fraudadas apontadas pela investigação. O asfaltamento da MS-430, rodovia que liga Rio Negro à cidade de São Gabriel do Oeste, custou R$ 54,9 milhões e quem por ela atravessa vê logo que os empreiteiros que executaram o serviço deixaram de lado o padrão e preocuparam-se apenas em catar o dinheiro público. Do montante investido na estrada em questão, recurso que o governo estadual emprestou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, R$ 53,2 milhões ficaram com a Proteco, empreiteira de João Amorim, apontado pela PF como o chefe da organização criminosa que arrecadava milhões e reais fraudando as licitações.
Fraude em medição fez asfalto de R$ 54,9 milhões virar farelo
Redação, Correio do estado
28/07/2015 às 03:00 •