Gilson Sá e José Hélio, presidentes do Sinpospetro-MS A proposta de reforma da Previdência Social ameaça acabar com a aposentadoria diferenciada dos funcionários de postos de combustíveis no Brasil, que trabalham diariamente com produtos cancerígenos, portanto insalubres e de alta periculosidade. Depois de muitos anos de luta, esses profissionais, por intermédio de seus sindicatos e federações, conquistaram o direito de se aposentarem após 25 anos de trabalho. Com a reforma, essa conquista poderá desaparecer, adverte o Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul – Sinpospetro/MS.“Pela proposta do governo, a mudança vai nos colocar de volta à estaca zero e os nossos trabalhadores serão obrigados as trabalhar mais tempo em ambientes insalubres e de alta periculosidade, contraindo doenças diversas como a ciência já provou”, alerta José Hélio da Silva, presidente do sindicato em MS.O diretor Gilson da Silva Sá afirmou que “a mudança será radical, pois o contribuinte será obrigado a bancar uma previdência privada para complementar a sua renda na aposentadoria. Ele disse que não só os parlamentares da bancada do Estado, como também os demais deputados e senadores de todos os Estados brasileiros devem atentar para esses fatos na hora de trabalhar o assunto.“Não tem como funcionários de postos de combustíveis, que se contaminam todos os dias com os subprodutos dos combustíveis, muitos deles cancerígenos, trabalharem por um período maior que 25 anos, como as profissões normais de trabalhadores brasileiros, que não sofrem a mesma ameaça à saúde todos os dias”, argumento José Hélio da Silva que conta com o bom senso dos parlamentares.Hoje, quem se aposenta pela regra recebe 100% de salário de contribuição. Caso a reforma seja aprovada, a regra será a mesma prevista para as outras aposentadorias: 60% da média salarial mais 2% a cada ano que exceder 20 anos de contribuição. Hoje, a aposentadoria especial garante o benefício integral. Com a reforma, muda tudo, para pior para os funcionários de postos de combustíveis e outras profissões insalubres.