Mesmo em teletrabalho, professores relatam trabalho dobrado A Sintrae-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado do Mato Grosso do Sul), divulgou, nesta terça-feira (6), a reclamação de professores de escolas e universidades particulares de Campo Grande que sofreram aumento na jornada, em aulas presenciais, em com baixo salário para categoria.Segundo o presidente do sindicato, professor Eduardo Botelho, os trabalhadores destacam a dificuldade na pandemia, em que se desdobram nas atividades remotas, mas não têm valorização nos reajustes. “Fizemos uma enquete na qual 85 professores e administrativos de 26 escolas e universidades particulares. Destes, 88,6%, confirmaram que os salários diminuíram no período da pandemia, ao mesmo tempo 77,4% responderam que o trabalho dobrou ou triplicou, sendo que 88,9% dos professores afirmaram que não receberam computadores ou estrutura adequada para preparar suas aulas online. Diante desses dados, é inadmissível aceitar perdas inflacionárias nos salários dos trabalhadores do ensino privado”, disse.A categoria terá uma nota rodada de negociações nesta quarta-feira (7), porém, professores já negaram a proposta patronal de zero por cento de reajuste apresentada pelos patronais. Outra reclamação, é o descumprimento de medidas de biossegurança que põe em risco além dos funcionários, familiares.“Somente nesta enquete, foram 17 denúncias referente a 7 instituições. Nestes casos apuramos e entramos em contato com os responsáveis pelas escolas, destacando a importância da execução do plano de biossegurança e alertando que se nada for feito, denunciaremos os nomes das instituições às autoridades sanitárias e até mesmo à mídia se for preciso. Após esse contato continuamos acompanhando, sempre alerta para contatarmos os órgãos sanitários”, finaliza.
Há mais de um ano em aulas online, professores de MS reclamam falta de negociação salarial
Redação,
06/04/2021 às 03:00 •