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Homem salvo de ataques de cobras diz que cadela foi heroína: Nunca será esquecida

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(Foto: Divulgação)
O mestre de obras Lindon Jhonson de Aquino, de 43 anos, que foi salvo de levar picadas de cobras pela cadela Mariana, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, disse ao G1 que ela foi “uma verdadeira heroína”. O homem estava com o irmão, o motorista Demerval Aquino, 39, quando o animal brigou com duas jararacas. Após quatro dias internada, a cachorra não resistiu e morreu.Cadela Mariana salvou donos de picadas de cobras, mas morreu após 4 dias internada “Se não fosse por ela, eu e meu irmão poderíamos não estar mais aqui. Ela nos salvou e, por isso, nunca será esquecida”, disse.O caso ocorreu no último dia 1º, quando Lindon Jhonson e Demerval roçavam uma área na chácara da família. Segundo ele, os dois ouviram barulho de uma movimentação no mato, mas não conseguiam ver o que tinha no local. Foi quando a cachorra se aproximou e começou a latir muito.“Eu estava mais próximo dessa área e a Mariana se aproximou de mim e me empurrou. Eu quase caí e percebi que ela estava muito agitada, latindo muito. Não consegui entender na hora, mas depois, vi quando ela lutou com as jararacas e saiu correndo. A partir daí, eu e meu irmão olhamos com mais atenção para o mato e encontramos as duas cobras”, relatou.Segundo Lindon Jhonson, em seguida, ele e o irmão capturaram as cobras e as colocaram em uma caixa. “Demorou um pouco para cair a ficha, mas aí percebi que, se não fosse pela Mariana, eu e meu irmão teríamos pisado exatamente no local em que elas estavam e teríamos sido picados, com certeza”.O mestre de obras relatou que, logo depois, ele e Demerval voltaram para a sede da chácara e já encontraram a cachorra deitada em um canto. “Ela parecia estar tonta e o rosto começava a inchar. Aí eu percebi que ela tinha sido picada e já saímos correndo com ela. Primeiro paramos em um posto dos bombeiros que fica perto da chácara e lá nos orientaram a procurar um veterinário com urgência”, lembra.Mariana foi atendida pelo veterinário Paulo César Dias Ramalho e chegou a apresentar melhora. No entanto, na sexta-feira (05), ela não resistiu e morreu. “O fato de a picada ter sido na região da face, do focinho, tornou a situação muito grave. O veneno é muito forte e acaba necrosando o tecido, comprometendo órgãos vitais como o sistema respiratório”, lamentou o médico à reportagem.HEROÍNALindon Jhonson diz que a cachorra Mariana, que tinha mistura com a raça weimaraner, tinha cinco anos e era muito dócil. “Ela chegou na nossa família quando compramos a chácara e ainda era um filhote. Considero que ela foi uma verdadeira heroína, pois, tinham outros três cães no local quando a gente roçava o mato e só ela foi para cima para nos defender”, diz.Para o mestre de obras, a atitude do animal foi fundamental para evitar que ele e o irmão fossem as vítimas. “Eu passei a acreditar na frase que diz que o cão é o melhor amigo do homem. Infelizmente ela morreu, apesar de todos os esforços, mas sei que Deus nos deu um livramento, então vamos agradecê-la para sempre. Ela era um membro da nossa família e continuará sendo”.Ele diz que agora quer homenagear Mariana. “Queremos pegar um outro cachorro da mesma raça e vamos dar o nome dela. Ela merece ser reconhecida pelo bem que nos fez”, ressaltou.Sobre as cobras, o mestre de obras diz que elas foram soltas na natureza. “Uma delas ficou com um ferimento por conta da briga com a Mariana, mas aparentemente estava bem. Seguimos a orientação dos bombeiros e as soltamos em uma área de mata bem isolada para evitar riscos”, concluiu.(G1)