Publicado em 30/08/2016 às 03:00,

Itália resgata 6,5 mil migrantes no Mediterrâneo, entre eles gêmeos de 05 dias

Redação, G1
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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
A Guarda Costeira italiana informou nesta terça-feira (30) que resgatou 6,5 mil pessoas no Canal da Sicília, numa das maiores operações realizadas num só dia em 2016.Entre os resgatados estavam dois gêmeos de apenas cinco dias. A mãe deu à luz os bebês de forma prematura durante a viagem para a Europa.Em seu site, a organização Médicos Sem Fronteiras disse que estava tentando organizar o transporte dos bebês e da mãe para um hospital.No total, foram 40 operações de resgate na segunda-feira (29), com a participação da Marinha italiana e de embarcações de ONGs que atuam no Mediterrâneo, além de outras das missões Frontex – a agência europeia de fronteiras – e Eunavfor Med (Força Naval da União Europeia no Mediterrâneo).No domingo, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) elevou para 332.914 o número de migrantes que conseguiram chegar à Europa pelo Mediterrâneo em 2016, por rotas diferentes.Segundo dados da agência da ONU para refugiados (Acnur) e da Guarda Costeira, 112,5 mil pessoas chegaram à Itália neste ano, número pouco abaixo dos 116 mil registrados no mesmo período do ano passado.Em julho, a OIM anunciou que o número de mortos nas travessias a partir da costa da Líbia já supera os 3 mil. Esse é o período mais curto em que chegamos a essa marca, em 2014 isso ocorreu em setembro, e em 2015, em outubro, afirmou o porta-voz da organização Joel Millman.A OIM considera a rota marítima entre o norte da África e a Itália como a mais mortal para os migrantes que buscam uma vida melhor.Em junho, a União Europeia (UE) expandiu as operações de repressão ao tráfico de pessoas no Mediterrâneo, que incluíam o treinamento da Guarda Costeira da Líbia.O ministro italiano do Exterior, Angelino Alfano, afirmou que os chamados migrantes econômicos somam 60% das 154 mil chegadas no ano passado. Ele ressaltou que a Itália e os demais países da UE não podem acolher a todos.Após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs, a travessia do Mediterrâneo voltou a ser um dos meios mais utilizados pelos que tentam chegar à Europa.